José Adriano de Sousa Lima, motorista de aplicativo preso em Juíz de Fora após a PRF encontrar drogas na bagagem de uma passageira que ele levava
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José Adriano de Sousa Lima, motorista de aplicativo preso em Juíz de Fora após a PRF encontrar drogas na bagagem de uma passageira que ele levava

A família de José Adriano de Sousa Lima, de 45 anos, tenta provar a inocência do motorista de aplicativo desde o dia 16 de junho, há pouco mais de um mês, quando o trabalhador foi preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Juíz de Fora (MG). A PRF encontrou drogas em duas malas que eram transportadas por uma passageira que o trabalhador transportava do bairro da Penha, no Rio de Janeiro, à cidade mineira.

Na abordagem, a PRF encontrou cerca de 2 kg de maconha e 2 kg de cocaína na bagagem da passageira. Segundo Lorena Zampolli, de 23 anos, filha do motorista, o pai é réu primário, inocente e nunca teve envolvimento com o tráfico de drogas. 

"Ele [José Adriano de Sousa Lima] avisou à polícia que era motorista de aplicativo, que a corrida estava rodando e ainda não havia sido finalizada, falou isso no depoimento da delegacia e na audiência de custódia, mas ninguém quis olhar", denuncia Lorena.

Segundo ela, o pai vem colaborando com as investigações desde o início, mas a passageira, que seria a responsável pela droga apreendida, se mantém calada diante da Justiça.

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"Ela disse à polícia que estava indo a Juíz de Fora fazer um programa sexual, mas que não sabia informar qual era o destino do homem que foi encontrar. Depois disso ela se manteve calada. Na audiência de custódia ela também se calou, e isso prejudica muito meu pai, porque não inocenta ele", desabafa.

Outro obstáculo, segundo ela, é a falta de interesse da empresa 99 em colaborar com a investigação. "Eles não foram notificados judicialmente e, quando liguei para lá, me falaram que só liberariam o histórico de corridas mediante a ofício judicial. Até agora esse documento não foi expedido pelo juiz."

Os advogados de José Adriano já entraram com um habeas corpus preliminar — que foi negado. Agora, a defesa aguarda a resposta da Justiça para o habeas corpus de mérito, este julgado por 3 desembargadores e que leva de 20 a 30 dias pra sair.

Em nota, a 99 lamentou o ocorrido e disse ter entrado em contato com a polícia para acompanhar o caso. "A 99 lamenta profundamente o ocorrido com o motorista parceiro José Adriano de Souza Lima. Assim que tomamos conhecimento, imediatamente mobilizamos uma equipe responsável por compartilhar as informações necessárias".

"Porém, pela legislação vigente, o envio de dados de usuários depende de prévia autorização das autoridades. Entramos proativamente em contato com a polícia e aguardamos essa etapa para seguir colaborando. Continuamos a postos para apoiar as investigações no que for necessário para que o caso seja esclarecido o mais breve possível", conclui o texto.

A reportagem do iG entrou em contato com a Polícia Rodoviária Federal de Juíz de Fora, mas ainda não obteve retorno até a publicação da matéria.

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