Evelyn e Fabrício Queiroz, ex-assessores de Flávio Bolsonaro, são investigados no caso das rachadinhas
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Evelyn e Fabrício Queiroz, ex-assessores de Flávio Bolsonaro, são investigados no caso das rachadinhas

Evelyn Melo de Queiroz, uma das filhas de  Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) investigado no caso das rachadinhas da Alerj , foi nomeada para um cargo no Governo do Estado do Rio e exonerada dois dias depois.

Também ex-assessora do então deputado Flávio Bolsonaro e investigada nas rachadinhas, a filha de Queiroz foi nomeada no dia 12 para exercer o cargo de Secretário II, na Secretaria de Estado da Casa Civil, e receberia um salário de R$ 2,4 mil. A nomeação foi publicada no Diário Oficial do dia 13, mas no dia seguinte foi publicado um pedido para que a nomeação seja tornada sem efeito.

Em nota, o governo do estado disse que o secretário da Casa Civil, Nicola Miccione, recebeu currículos para possíveis nomeações na estrutura estadual.

"Alguns nomes foram entrevistados pelo subsecretário de Administração e, sem que tivesse sido previamente avaliado pelo GSI, a nomeação foi publicada no Diário Oficial. Antes mesmo de tomar posse, o secretário determinou, após ser identificada a vinculação de parentesco, tornar sem efeito a nomeação", afirmou o governo em nota.

A defesa de Fabrício Queiroz não se manifestou sobre o caso. Na última semana, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro foi fotografado dentro de um carro na sede do governo do Estado do Rio, o Palácio Guanabara, na última quarta-feira .

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Evelyn Queiroz , assim como o pai, foi denunciada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro no caso das rachadinhas no antigo gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio. Após a irmã Nathalia ser exonerada do cargo, Evelyn assumiu a função na equipe do filho do presidente Jair Bolsonaro , hoje senador.

Ministros da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiram em fevereiro anular a quebra de sigilo fiscal e bancário de Flávio no caso das "rachadinhas". As decisões anuladas tinham sido autorizadas em 2019 pelo juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal, do Tribunal de Justiça (TJ) do Rio, e se estendiam a cerca de cem pessoas e empresas suspeitas de envolvimento no esquema de desvio de recursos do gabinete de Flávio na Alerj.

Declarada nula, a decisão pode impactar outros procedimentos utilizados pelo Ministério Público (MP) do Rio na investigação sobre a devolução de salários de ex-funcionários de Flávio, que resultou em denúncia oferecida contra o político e outras 16 pessoas em outubro do ano passado. A quebra de sigilo colheu informações que serviram como base para a autorização de outras diligências relevantes para o caso.

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