O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), saiu em defesa das medidas de isolamento social. Segundo ele, não se pode estimular o fim da quarentena quando só a elite do país fica isolada . Maia também afirmou que o Brasil está longe de ter todas as informações necessárias para iniciar a reabertura.
"Temos aí o setor privado pressionando muito as empresas pela abertura. Devemos ter capacidade de fazer debate como esses, mas sempre respeitando o mais importante da nossa sociedade que é o respeito e a defesa das nossas vidas . A vida dos brasileiros", disse.
"Não é possível que a gente estimule o fim do isolamento quando apenas a elite brasileira poderá ficar isolada. Enquanto [isso], os brasileiros mais simples vão para os ônibus, seus trabalhos, em aglomerações e, como a Márcia [Castro, estatística] falou, em comunidades sem nenhuma capacidade de isolamento", continuou.
Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a criticar o isolamento e a pressionar os governadores, chegando a dizer, em videoconferência com empresários, que é preciso "jogar pesado" com os estados.
"Os senhores, com todo o respeito, têm que chamar o governador e jogar pesado. Jogar pesado, porque a questão é séria, é guerra", disparou.
De acordo com o Ministério da Saúde, até ontem o Brasil somava 13.149 mortes relacionadas ao coronavírus e 188,9 mil casos confirmados.
A recomendação para que todos fiquem em casa o máximo possível continua sendo a principal medida recomendada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para minimizar a transmissão do coronavírus.