Segundo fontes judiciais, detidos foram soltos graças à mediação de comissão que investiga violações de direitos humanos no país
Autoridades do Bahrein libertaram neste domingo mais de 140 pessoas que foram detidas durante os protestos políticos contra o regime de Manama, entre eles dois ex-deputados opositores e um advogado.
O procurador-geral, Abdulrahman al Sayed, citado pela agência de notícias bareinita BNA, explicou que os detidos foram libertados porque o tempo que haviam passado na prisão era o mesmo que teriam de cumprir se fossem condenados em um julgamento.
Outras fontes judiciais, no entanto, apontaram que a libertação dos presos foi possível graças à mediação de uma comissão que investiga as violações de direitos humanos durante os protestos.
Em junho, um tribunal militar condenou 21 opositores e ativistas de direitos humanos a duras penas de prisão, sendo oito deles à prisão perpétua, acusados de tentar derrubar o regime. Alguns dos condenados são o secretário-geral do movimento xiita Haq, Hassan Ali Mushaina e o porta-voz do grupo Abduljalil al Singace.
Os protestos em prol de reformas democráticas no pequeno reino de Bahrein começaram em 14 de fevereiro. Neles, cerca de 30 pessoas morreram e outras dezenas foram detidas.
A oposição do Bahrein, onde a comunidade xiita representa 70% da população, exige reformas democráticas e um papel mais representativo no país, governado por uma monarquia sunita.
*Com EFE