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Síria expressou reservas em relação a resolução da organização dos países árabes

A Liga Árabe pediu este domingo (16) ao governo sírio e à oposição para realizar uma "conferência de diálogo nacional" dentro de 15 dias no Cairo para acabar com a violência e "evitar uma intervenção estrangeira".

A organização panárabe, que se reuniu em caráter extraordinário na capital egípcia, decidiu "lançar os contatos necessários com o governo sírio e o conjunto de facções da oposição para celebrar uma conferência de diálogo nacional global na sede da Liga Árabe e sob sua égide dentro de 15 dias", segundo um comunicado.

A conferência terá por objetivo "realizar as aspirações íntimas do povo sírio e a mudança desejada", "por um fim à violência" e "evitar uma intervenção estrangeira".

O ministro de Relações Exteriores do Qatar, xeque Hamad ben Jasem, que leu a resolução, informou que a Síria expressou suas reservas sobre a mesma.

A Liga Árabe também decidiu formar uma comissão ministerial presidida pelo Qatar para "contatar os dirigentes sírios para por um fim a todos os atos de violência".

Na abertura da reunião, o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al Arabi, declarou que "não podemos nos calar diante da violência" na Síria.

O delegado sírio Yusef Ahmad respondeu que a situação no país se encaminha para "a calma e a estabilidade" e denunciou "um complô", responsabilizando "grupos terroristas armados" pela violência.

Enquanto isso, a repressão ao movimento de protesto contra o regime do presidente Bashar al Assad provocou este domingo, na Síria, outras nove mortes: seis em Homs (centro), uma perto de Damasco e duas na província de Idleb (noroeste), segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

Desde o começo do movimento contra o regime de 15 de março, a repressão causou mais de 3.000 mortes entre os civis, de acordo com a ONU.