Flávio Bolsonaro diz ser vítima de 'grupo político que patrocina difamação'

Segundo ele, 'essas pessoas querem recuperar o poder que perderam na última eleição'

Foto: Reprodução
Queiroz e Flávio são investigados por uma suposta prática de “rachadinha”


Investigado por movimentações suspeitas, com a revelação recente do Ministério Público do Rio (MP-RJ) de pagamentos em espécie de contas de sua família pelo ex-assessor Fabrício Queiroz, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) divulgou nota neste sábado (20) dizendo ser "vítima de um grupo político que tem patrocinado uma verdadeira campanha de difamação". Ele, porém, não cita nomes no comunicado divulgado.

Saiba mais:

O pedido de prisão preventiva de Fabrício Queiroz, que era assessor de Flávio quando ele exercia o cargo de deputado estadual no Rio de Janeiro, aponta que o ex-auxiliar pode ter sido o responsável por até R$ 286,6 mil em pagamentos e transferências em espécie para cobrir despesas do então deputado estadual e de sua mulher, Fernanda Antunes.

"Essas pessoas têm apenas um objetivo: recuperar o poder que perderam na última eleição", diz a nota do senador. No texto, Flávio reafirma sua inocência e "garante que seu patrimônio é totalmente compatível com os seus rendimentos". Ainda segundo ele, "a verdade prevalecerá".

Os valores dos repasses feitos, segundo o MP, referem-se a pagamentos de mensalidades escolares e do plano de saúde da família de Flávio, entre janeiro de 2013 e dezembro de 2018. O MP do Rio identificou também que a esposa de Flávio recebeu ao menos um depósito em espécie de Queiroz, em agosto de 2011, no valor de R$ 25 mil. O ex-assessor precisou se identificar como autor do depósito por conta do valor elevado .

Queiroz e Flávio são investigados por uma suposta prática de “rachadinha” - isto é, a devolução de parte ou totalidade dos salários de funcionários pagos com dinheiro público, no antigo gabinete do então deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.