
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal ( STF ), determinou, nesta segunda-feira (4), a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro .
A medida foi tomada após o magistrado concluir que Bolsonaro descumpriu regras cautelares anteriormente impostas, incluindo o uso político de comunicação telefônica durante manifestação pública e a exposição intencional de sua tornozeleira eletrônica à imprensa.
A decisão provocou forte reação de aliados e opositores nas redes sociais. Para deputados bolsonaristas, trata-se de mais uma demonstração de perseguição política.
O deputado Nikolas Ferreira (PL) criticou a medida com ironia:
“Prisão domiciliar decretada de Jair Bolsonaro por Moraes. Motivo: Corrupção? Rachadinha? Desvio de bilhões? Roubou o INSS? Não. Seus filhos postaram conteúdo dele nas redes sociais. Que várzea!!”.
Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara, classificou a decisão como o “fim da democracia”:
“O que mais falta acontecer? Tentaram matá-lo. Perseguiram sua família. Proibiram-no de falar. Agora o trancam dentro da própria casa, como um criminoso. [...] Hoje, a história registrou: acabou a democracia no Brasil”.
Por outro lado, parlamentares da oposição reagiram com deboche e alívio. A deputada Erika Hilton (PSOL) escreveu:
“Com isso, o ex-presidente não poderá sair de casa nem mesmo antes das 19h, tornando as nossas ruas mais seguras”.
Já o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, defendeu a decisão do STF e destacou sua gravidade institucional:
“A resposta do Supremo foi proporcional à gravidade dos atos. A prisão domiciliar visa conter o comportamento reiterado de afronta às instituições e proteger a ordem pública até o fim do julgamento que tende a levar à sua condenação e à decretação definitiva da pena privativa de liberdade”.