8/1: Obras restauradas são devolvidas ao Planalto em cerimônia com discurso de Janja

"O país não aceita mais o autoritarismo", discursou a primeira-dama Janja

Lula recebeu as peças restauradas ao lado de Janja
Foto: Reprodução/Governo Federal
Lula recebeu as peças restauradas ao lado de Janja

O governo Lula realiza uma série de cerimônias nesta quarta-feira (8) para marcar os 2 anos dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 , quando manifestantes contrários ao resultado das eleições de 2022 invadiram e depredaram a Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Na primeira parte, as obras de arte vandalizadas pelos golpistas, agora restauradas, são devolvidas ao Planalto, em uma cerimônia que conta com a presença de Lula, da primeira-dama Janja, do vice-presidente Geraldo Alckmin e outras autoridades.

A primeira a discursar, Janja disse que "o país não aceita mais o autoritarismo".

"Dois anos após a tentativa de destruição da nossa democracia e dos prédios que simbolizam os Poderes da República, estamos aqui. Não para lamentar, mas muito menos para esquecer. Estamos aqui para celebrar e reforçar a democracia, e para entregar ao povo brasileiro o seu patrimônio inteiramente restaurado", afirmou.

Assista à cerimônia:


Confira a lista de obras restauradas:

  • Relógio de mesa, de Balthazar Martinot e André Boulle
  • Ânfora italiana em cerâmica esmaltada
  • Escultura O Flautista, de Bruno Giorgi
  • Escultura Vênus Apocalíptica Fragmentando-se, de Marta Minujín
  • Quadro com a pintura Mulatas, de Emiliano Di Cavalcanti
  • Quadro com pintura do retrato de Duque de Caxias, de Oswaldo Teixeira
  • Quadro representando galhos e sombras, de Frans Krajcberg
  • Quadro com a pintura Fachada Colonial Rosa com Toalha
  • Quadro com a pintura Casarios, de Dario Mecatti
  • Quadro com a pintura Cena de Café, de Clóvis Graciano
  • Quadro com a pintura Paisagem, de Armando Viana
  • Pintura de Glênio Bianchetti
  • Pintura de Glênio Bianchetti
  • Pintura de Glênio Bianchetti
  • Pintura de Glênio Bianchetti
  • Pintura de Glênio Bianchetti
  • Quadro com a pintura Matriz e Grade no primeiro plano, de Ivan Marquetti
  • Quadro Rosas e Brancos Suspensos, de José Paulo Moreira da Fonseca
  • Tela Cotstwold Town, de John Piper
  • Tela de Grauben do Monte Lima
  • Tela Bird, de Martin Bradley

"Fundamental cuidar das nossas democracias", diz embaixador suíço

Uma das peças restauradas é o relógio de pêndulo do século XVII, uma obra histórica assinada pelo renomado relojoeiro Balthazar Martinot e que foi o presente da Corte Francesa para Dom João VI. A restauração foi feita pela relojoaria Audemars Piguet, criada em 1875, que arcou com o custo da mão de obra e materiais.

O embaixador da Suíça no Brasil, Pietro Lazzeri, disse que "a restauração foi complexa. Precisou da excelência, mas também da criatividade e do jeitinho suíço-brasileiro".

"Acho que é fundamental valorizar e cuidar das nossas relações, da nossa amizade, dos nossos direitos humanos e das nossas democracias, que são delicadas e, ao mesmo tempo, resilientes como esse relógio que volta aqui, hoje, no coração do Brasil. Viva ao Brasil, viva a Suíça. Celebramos nossa amizade e cooperação", afirmou.

A restauração das outras 20 obras foi realizada em um laboratório montado no Palácio da Alvorada após um acordo de cooperação do Planalto com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que estabeleceu parceria com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel).