De acordo com investigações preliminares, o crime teria sido motivado por uma alteração na escala de trabalho
Reprodução/ Band TV
De acordo com investigações preliminares, o crime teria sido motivado por uma alteração na escala de trabalho


O guarda civil municipal Henrique Marival de Sousa teve sua prisão preventiva decretada nesta terça-feira (7), após ser acusado de assassinar o secretário-adjunto de Segurança Pública de Osasco, Adilson Custódio Moreira, de 53 anos.

O crime ocorreu na sede da prefeitura durante uma reunião da equipe de segurança, na qual Moreira foi atingido por dez disparos, principalmente na cabeça e no peito. A decisão judicial determinou que Sousa permaneça detido sem prazo no 5º Distrito Policial de Osasco.

De acordo com investigações preliminares, o crime teria sido motivado por uma alteração na escala de trabalho do guarda civil, que passou a incluir jornadas de 12 horas sem garantia de folgas nos fins de semana.

O comandante da Guarda Civil de Osasco, Erivan Gomes, afirmou à Folha de S.Paulo que o acusado "não gostou disso e teria se descontrolado".

Sousa esperava permanecer alocado dentro da prefeitura, uma vez que havia apoiado o prefeito Gerson Pessoa (Podemos) durante sua campanha. O conflito teria se intensificado quando Moreira se recusou a negociar com ele, resultando no desfecho violento.

Após o ataque, Sousa trancou a porta da sala onde estavam, impedindo a entrada de socorro. As equipes policiais, que já haviam confirmado a morte de Moreira com o uso de equipamento de calorimetria, negociaram a rendição do guarda por mais de duas horas.

Ele se entregou após a chegada de sua esposa ao local. Durante a operação, foi constatado que o secretário-adjunto estava desarmado. A arma registrada em seu nome foi localizada posteriormente no sofá de sua residência. 

O corpo de Moreira foi velado na sede da prefeitura de Osasco e será sepultado no cemitério Bela Vista às 17h do mesmo dia. A audiência de custódia de Sousa foi realizada online.


Investigação

Segundo o delegado responsável pelo caso, José Luiz Nogueira, a investigação busca esclarecer se havia um histórico de desavenças entre o acusado e a vítima, bem como apurar as motivações exatas do crime.

Sousa será submetido a exames no IML (Instituto Médico Legal) antes de ser transferido para o Centro de Detenção Provisória de Osasco.

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