O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou um vídeo nesta sexta-feira (20) ao lado de integrantes de seu governo, incluindo os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento) e Rui Costa (Casa Civil), além de Gabriel Galípolo, que assumirá a presidência do Banco Central.
No vídeo, Lula reforçou o compromisso do governo com a independência da autoridade monetária. O presidente destacou que a gestão do Banco Central será conduzida sem interferências externas, garantindo a autonomia da instituição.
“Por isso que quero te desejar boa sorte, que Deus te abençoe. Eu quero que você saiba que jamais, jamais haverá da parte da presidência qualquer interferência no trabalho que você tem que fazer no Banco Central”, declarou.
Vídeo:
Galípolo será o presidente do Banco Central de2025 a 2028, substituindo Roberto Campos Neto, atual chefe da instituição após ter sido indicado por Jair Bolsonaro (PL-RJ).
No vídeo publicado, Lula prometeu que Gabriel Galípolo será o “presidente com mais autonomia que o Banco Central já teve” e que a indicação ao cargo ocorreu por conta de uma “relação de confiança” construída entre eles.
O petista reforçou que seu governo trabalhará para a estabilidade econômica e que medidas serão tomadas para ajustes de gastos para que as regras fiscais sejam respeitadas.
“E eu queria dizer para o Galípolo que seguimos mais convictos do que que nunca que a estabilidade econômica e o combate à inflação são as coisas mais importantes para proteger o salário e o poder de compra das famílias brasileiras. Tomamos as medidas necessárias para proteger a nova regra fiscal e seguiremos atentos à necessidade de novas medidas”, falou Lula.
Fim da guerra com o Banco Central?
Em 2023, Lula assumiu o cargo de presidente e não poupou críticas ao trabalho de Campos Neto. Na visão do petista, a taxa Selic está muito alta, chegando a 12,25% ao ano.
O chefe do Executivo já chegou a dizer que Campos Neto atuava conforme alinhamento ideológico do ex-presidente Jair Bolsonaro. Já o Banco Central alega que a alta da taxa de juros serve para controlar a inflação.