O novo advogado do general Walter Braga Netto no inquérito da trama golpista, o criminalista José Luís Oliveira Lima , descartou a possibilidade do ex-ministro da Defesa aceitar um acordo de delação premiada. Para o advogado, Braga Netto "não praticou crime algum, portanto não fará colaboração", disse em declaração ao Estadão.
O criminalista, que defendeu o ex-ministro José Dirceu no âmbito da Operação Lava-Jato, assumiu a defesa do general nesta quarta-feira (18), com a troca de advogado foi oficializada no sistema do Supremo Tribunal Federal.
José Luís, conhecido como Juca, sinalizou que a defesa pode optar por colocar as declarações de Mauro Cid em cheque.
“É uma mentira essa acusação, o general nunca entregou dinheiro para financiar qualquer tipo de plano. É no mínimo curioso, para ser gentil, que 8 meses depois, o colaborador, que já mudou de versão várias vezes, agora traga essa fantasiosa versão”, disse o criminalista.
Braga Netto preso
Fontes próximas à família de Braga Netto afirmam que a decisão foi motivada pela gravidade das acusações e pela necessidade de uma defesa mais experiente nos tribunais superiores.
O general foi preso em 14 de dezembro, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) após a Polícia Federal alegar que o general tentou interferir nas investigações, o que representaria um risco à ordem pública.
Ele é investigado por supostamente liderar ações para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito em 2022.