Braga Netto , preso na manhã deste sábado (14), só poderá receber visitas autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal . O ministro Alexandre de Moraes , relator do inquérito sobre o golpe de Estado, determinou que qualquer visita ao general, que não seja de seus advogados, precisará de permissão do STF .
A informação foi confirmada pela jornalista Daniela Lima, da GloboNews. De acordo com a decisão, somente os advogados do ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL-RJ) têm liberdade para visitá-lo a qualquer momento.
Braga Netto foi detido em sua casa, no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro, após cumprimento de uma ordem expedida por Moraes.
Desde então, o militar da reserva está sob custódia na sede da Polícia Federal, aguardando uma audiência de custódia, que definirá se a prisão será mantida. Caso a prisão seja mantida, o ex-ministro deverá ser transferido para uma unidade do Exército.
O general é investigado por ser um dos suspeitos de liderar ações para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após a derrota de Bolsonaro nas eleições de 2022. A Polícia Federal apura que ele teria atuado para obstruir investigações em andamento.
Investigação da Polícia Federal
De acordo com a PF, Braga Netto participou de uma reunião, realizada em sua casa em 12 de novembro de 2022, onde foram discutidos planos para assassinatos do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes.
Essas acusações estão entre os elementos que levaram ao indiciamento de 37 pessoas, incluindo Bolsonaro, no âmbito das investigações sobre a tentativa de golpe.