Agente da PF preso por plano golpista tenta esconder celular ao prestar depoimento

Wladimir também resistiu a falar com a PF, mas acabou prestando depoimento sobre o plano de golpe e assassinato de autoridades

Wladimir Matos Soares, de 53 anos, foi preso nessa terça-feira (19) em operação da Polícia Federal
Foto: Reprodução/redes sociais
Wladimir Matos Soares, de 53 anos, foi preso nessa terça-feira (19) em operação da Polícia Federal

O agente da Polícia Federal preso nessa terça-feira (19) na Operação Contragolpe da Polícia Federal, por colaborar com um plano de golpe de Estado, tentou esconder o celular da corporação quando foi falar sobre o caso, mas não conseguiu.

Segundo informações do blog da Daniela Lima, do g1, o agente vazou informações sobre a segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante o período de transição de governos, após a vitória do petista nas eleições de 2022.

Wladimir Soares, conforme o blog, decidiu prestar depoimento à PF e, embora tenha tentado esconder o telefone celular , teve o aparelho apreendido e optou por falar sob mandado de prisão.

Ele prestou um depoimento longo e esclareceu pontos importantes da investigação, que já estava avançada, de acordo com fontes que acompanham o caso ouvidas pela jornalista.

Além dele, quatro militares do Exército ligados às forças especiais foram detidos no âmbito da operação, são eles: o general de brigada Mario Fernandes (na reserva), o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo e o major Rafael Martins de Oliveira.

No total, cinco pessoas foram presas com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).

A operação

operação da PF foi deflagrada nessa terça e teve como alvo a organização criminosa responsável por planejar um golpe de Estado e os assassinatos do presidente Lula, do vice-presidente Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após as eleições de 2022.

A operação investiga a atuação de militares das Forças Especiais do Exército, os chamados "kids pretos" , no plano golpista . Segundo a PF, o  grupo elaborou um "detalhado planejamento operacional, denominado 'Punhal Verde e Amarelo'", para assassinar Lula, Alckmin e Moraes.

O esquema foi discutido em 12 de novembro daquele ano na casa do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro . Os planos foram traçados para serem executados ainda em 2022, logo após Lula ter ganhado a eleição contra Bolsonaro e antes da posse do petista, que ocorreu em janeiro de 2023.