Silvio Almeida é a quinta baixa no governo Lula; relembre os outros casos

Demissão desta sexta-feira (6) soma-se a outras exonerações do terceiro mandato do presidente; veja as mudanças

Silvio Almeida foi exonerado por Lula nesta sexta-feira (6)
Foto: Agência Brasil
Silvio Almeida foi exonerado por Lula nesta sexta-feira (6)

O ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, demitido nesta sexta-feira (6) após denúncias de assédio sexual, é a quinta baixa na Esplanada dos Ministérios durante o terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Antes de Almeida, deixaram o governo Gonçalves Dias (Segurança Institucional), Daniela Carneiro (Turismo) e Ana Moser (Esporte), ainda em 2023, no primeiro ano da gestão.

A exoneração mais recente, antes da de Almeida, ocorreu no início de 2024, quando Flávio Dino, então ministro da Justiça, saiu para assumir uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), após indicação de Lula.

Ainda não foi definido o substituto de Almeida no Ministério dos Direitos Humanos. Até que a escolha seja feita, a secretária-executiva da pasta, Rita Cristina de Oliveira, assume o cargo interinamente.

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Relembre as mudanças no primeiro escalão do governo desde janeiro de 2023:

Gonçalves Dias deu lugar a Marcos Amaro
Daniela Carneiro foi substituída por Celso Sabino
Ana Moser foi sucedida por André Fufuca
Flávio Dino foi sucedido por Ricardo Lewandowski

Gonçalves Dias e Marcos Amaro

O então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, enfrentava críticas por sua atuação durante os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Nos bastidores, aliados de Lula apontavam falhas que permitiram os episódios de vandalismo na Praça dos Três Poderes, sobretudo no Palácio do Planalto.

A situação de Gonçalves Dias tornou-se insustentável após a divulgação, em 19 de abril, de um vídeo no qual ele aparece circulando pelo Palácio do Planalto no dia da invasão. Com a repercussão, o militar pediu demissão e foi substituído pelo também general da reserva Marcos Antonio Amaro dos Santos.

Daniela Carneiro e Celso Sabino

A ex-ministra do Turismo, Daniela Carneiro, foi retirada do cargo em julho de 2023 após pressões do Centrão. Embora sua nomeação tenha sido uma escolha pessoal de Lula, em função do apoio de Daniela e de seu marido, Waguinho, à candidatura do petista em 2022, ela não tinha o respaldo da bancada do União Brasil no Congresso.

Após impasse, Daniela foi substituída por Celso Sabino (União-PA).

Ana Moser e André Fufuca

Em setembro de 2023, Lula promoveu uma minirreforma ministerial para fortalecer o apoio do Centrão no Congresso, o que resultou na saída da ex-jogadora de vôlei Ana Moser do Ministério do Esporte, dando lugar a André Fufuca (PP-MA), deputado federal e importante aliado do bloco.

Além da troca no Esporte, o governo criou o Ministério das Micro e Pequenas Empresas, entregue a Márcio França (PSB), que deixou a pasta de Portos e Aeroportos para Silvio Costa Filho (Republicanos).

Flávio Dino e Ricardo Lewandowski

No final de 2023, Lula indicou Flávio Dino, então ministro da Justiça e Segurança Pública, para a vaga no STF deixada pela aposentadoria de Rosa Weber. Dino permaneceu à frente da pasta até janeiro de 2024, sendo substituído por Ricardo Lewandowski, ministro aposentado do STF.


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