Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos e Cidadania
Tânia Rêgo/Agência Brasil
Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos e Cidadania

O Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) divulgou nota nesta sexta-feira (6) afirmando que a entidade Me Too tem o histórico "controverso". A organização confirmou uma denúncia coletiva de assédio sexual contra o ministro à frente da pasta, Silvio Almeida , nesta quinta-feira (5).

“A organização responsável pela divulgação das supostas denúncias possui histórico relacional controverso perante as atribuições desta pasta”, escreveu o Ministério, em nota.

Segundo o comunicado, as acusações do Mee Too Brasil foram feitas com o objetivo de retaliar a pasta após terem negado uma licitação.

“A Me Too esteve em negociação, em 2023, com as então gestoras da coordenação-geral do Disque 100, solicitando mudanças indevidas no formato da licitação vigente no MDHC. O posicionamento da organização era contrário à separação dos serviços ‘Ligue 180’ e ‘Disque 100’, decorrente da separação da pasta em relação ao Ministério das Mulheres. Ainda assim, foram feitas tentativas por parte da organização em dar contornos ao caráter licitatório do Disque 100, na intenção de atender seus interesses nas negociações”, diz a nota oficial da pasta.

O Ministério adicionou, ainda, que a ONG faz “uso indevido da justiça e que possam envolver interesses escusos em torno dos recursos da administração pública”.

“Mais do que isso, explicitam um modus operandi, com denúncias anônimas, infundadas e sem materialidade, sobre temáticas de assédio, que se repetem no cenário posto. A população brasileira merece uma apuração isenta e responsável de possíveis irregularidades e atos ilícitos, como forma de garantir a justiça e a integridade das pessoas envolvidas e das instituições democráticas”, concluiu a pasta.

Investigação

Polícia Federal (PF) já abriu um inquérito para apurar as denúncias, bem como a Comissão de Ética do governo, que deu um  prazo de 10 dias para o ministro se defender.

Alguns integrantes veem a situação do ministro como insustentável, assim como o presidente - que já afirmou achar improvável a continuidade dele no cargo.

"O que eu posso antecipar para você é o seguinte: alguém que pratica assédio não vai ficar no governo. Eu só tenho que ter o bom senso de que é preciso que a gente permita o direito à defesa, a presunção de inocência, ele tem o direito de se defender", disse Lula à Rádio Difusora, de Goiânia (GO).

Questionado sobre um possível "afastamento" do ministro do cargo, pelo menos até a conclusão das investigações, Lula disse que vai tomar essa decisão na tarde desta sexta.

 O que diz o ministro

Em nota, o ministro diz “repudiar com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra” ele. Ele adicionou que as denúncias não têm “materialidade” e são fundamentadas em “ilações”. Afirma ainda que o objetivo das acusações são lhe “prejudicar” e “bloquear seu futuro”.

Além da nota, o ministro  acionou a justiça para verificar as acusações e solicitou à ONG Me Too que explique as denúncias. 

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