Eleições em São Paulo: próximo prefeito herdará maior caixa da história

Estimativa é que novo chefe do Executivo na capital paulista tenha R$ 119 bilhões no caixa em 2025

Boulos, Nunes, Tabata, Marçal e Datena são candidatos à prefeitura da capital paulista
Foto: Montagem/Reprodução
Boulos, Nunes, Tabata, Marçal e Datena são candidatos à prefeitura da capital paulista

próximo prefeito da cidade de São Paulo vai herdar o maior orçamento da história, com R$ 119 bilhões disponíveis no caixa. As informações são do portal "UOL".

O motivo para os cofres abarrotados é a renegociação da dívida da cidade com a União , em 2016, quando a capital trocou o índice de inflação que corrigia sua dívida.

Antes, era o IGP-DI (Índice Geral de Preços- Disponibilidade Interna) mais juros de 9% ao ano. Depois, se tornou o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) mais juros de 4% ao ano.

Dessa forma, a dívida despencou de R$ 138,8 bilhões, em 2015, para R$ 68,7 bilhões no ano seguinte, em valores corrigidos pela inflação.

"[A diferença] equivale a dez anos de investimentos da cidade de São Paulo", afirmou o então prefeito Fernando Haddad (PT).

Estima-se que a dívida foi reduzida em 86% nos últimos 12 anos: em 2012, o valor chegou a R$ 156 bilhões (corrigido pela inflação atual) e, em abril deste ano, atingiu R$ 22 bilhões.

O valor do caixa foi de R$ 11,2 bilhões em 2012 para R$ 26,7 bilhões em junho deste ano. Em 2022, o valor chegou a atingir R$ 33, 8 bilhões.

Desde 2012, o orçamento total da capital paulista cresceu 42%. Passou de R$ 78,6 bilhões para R$ 111,8 bilhões em 2024, e deve alcançar o recorde de R$ 119 bilhões até o fim de 2024.

Renegociações recentes impactaram na redução da dívida

Outra renegociação importante para o caixa da cidade foi realizada por Ricardo Nunes (MDB) em 2022. Naquele ano, a administração da cidade cedeu o Campo de Marte, um aeroporto para helicópteros e aviões de pequeno porte, para o governo federal, que ofereceu em troca R$ 24 bilhões abatidos da dívida com a União.


A reforma da Previdência municipal também ajudou a reduzir o endividamento. Ao cobrar 14% de contribuição dos aposentados que recebem mais de um salário mínimo, a gestão diminuiu a dívida em R$ 5,6 bilhões.

Em nota, a gestão de Ricardo Nunes também ressalta a revisão da legislação tributária municipal, "amplo programa de desestatizações e concessões que soma R$ 2,1 bilhões de arrecadação em outorgas".

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