Cartilha do crime foi encontrada com preso
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Cartilha do crime foi encontrada com preso

Uma cartilha do PCC (Primeiro Comando da Capital) com 45 regras de conduta de seus membros foi apreendida em uma penitenciária de São Paulo na semana passada. No documento, chama a atenção a "proibição de homossexualidade" e de "atos de talaricagem", que é quando um membro da facção se envolve com uma parceira de outro integrante.

O documento tem sete páginas. Na primeira linha o autor diz que "esse dicionário é uma ferramenta de extrema importância que deve ser analisada com muita prudência antes da aplicação das sanções para quem descumprir as determinações".

Cartilha do crime foi encontrada com preso  Reprodução
Cartilha do crime foi encontrada com preso Reprodução
Homem que portava a cartilha foi preso Reprodução/TJSP
Homem que portava a cartilha foi preso Reprodução/TJSP
gírias usadas pelo PCC Reprodução
gírias usadas pelo PCC Reprodução

Proibição da homossexualidade

A regra 27 condena a homossexualidade dentro das prisões e diz que essa atitude "é caracterizada quando um preso ou presa mantém relação ou atos libidinosos com alguém da mesma cela". A punição é a expulsão do PCC, sem volta.

Ainda, a regra 36 aborda o tema "pederastia". O documento diz que ela se "caracteriza quando alguém mantém relação com pessoa do mesmo sexo" e acrescenta que é diferente da homossexualidade "porque o praticante é somente ativo e não passivo".

Em relação à talaricagem, que é o envolvimento com a parceira de outro integrante do PCC, a cartilha diz que o descumprimento da regra pode levar à exclusão e a outras medidas severas.

Outras regras

Uma das últimas regras, de número 40, fala sobre traição (quando um membro do PCC informa outra facção ou a polícia), e a regra 43 aborda sobre o uso abusivo de drogas ou álcool e ressalta que não é permitido usar crack ou lança-perfume. Ao descumprir a ordem, o faccionado pode pegar gancho (suspensão) de 90 dias.

O artigo 13 menciona os "decretados", indicando que a decisão de confirmar uma sentença de morte para um membro do PCC deve ser cuidadosamente analisada pela liderança do grupo, devido à gravidade de uma decisão que envolve a vida de alguém.

O mesmo artigo diz ainda que, se for comprovada alguma acusação grave, como, por exemplo, uma traição, "caguetagem", estupro ou "mão na cumbuca" (faccionado roubar faccionado), a cobrança será feita de "bate e pronto" (imediatamente).

A falta de preparo, isto é, a incapacidade de honrar compromissos da organização, também está na cartilha e é vista como um comportamento reprovável que pode resultar em sérias penalidades.

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