O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, determinou nesta terça-feira (19) que a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) conduza uma investigação rigorosa sobre os motivos que levaram ao apagão no centro de São Paulo. O incidente ocorreu na manhã da última segunda-feira (18) e persistiu em muitos locais até esta terça-feira (19).
"O ministro enviou um ofício à Aneel, responsável pela fiscalização dos serviços prestados pela concessionária Enel, exigindo uma investigação rápida e rigorosa dos fatos, assim como a responsabilização e punição severa da concessionária, que tem apresentado repetidamente problemas na qualidade dos serviços prestados", destaca um trecho da nota.
Além disso, o ministro ordenou a convocação do presidente da concessionária para prestar esclarecimentos na sede do Ministério das Minas e Energia. Silveira apontou várias "falhas na prestação dos serviços de energia elétrica" da Enel e interrupções no fornecimento, prejudicando "a qualidade de vida da população".
"A concessionária Enel tem obrigações estabelecidas em seu contrato de concessão, devendo manter índices de qualidade no atendimento aos consumidores e providenciar meios para regularizar o fornecimento em caso de falhas, dentro de padrões adequados para um serviço público essencial à vida das pessoas. É urgente a comprovação de que a empresa seja capaz de continuar operando em suas concessões no Brasil", completa a nota.
O apagão teve início por volta das 10h30 da manhã de ontem, afetando moradores e comerciantes dos bairros Higienópolis, Bela Vista, Cerqueira César, Santa Cecília e Vila Buarque. Nesta terça-feira, segundo a Enel, o serviço foi restabelecido para 70% dos consumidores afetados.
A concessionária também explicou que o problema ocorreu na rede subterrânea que atende à região de Higienópolis. A Enel culpou uma escavação da Sabesp, que teria danificado a rede. No entanto, a empresa de saneamento relatou que o caso está em fase de investigação.