O prefeito Ricardo Nunes (MDB-SP) defendeu nesta quinta-feira (14) o uso do Theatro Municipal para homenagear a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), que receberá o título de cidadã paulistana. Ele argumentou que outros eventos do mesmo tipo já ocorreram no local.
"O Theatro Municipal, quando tem horário vago, já fez cessão de espaço para a OAB, para o Ministério Público, para instituição do funk", comentou Nunes. “A democracia, ela é ampla, a democracia é para todos. [...] Foi a Casa do Povo que aprovou a homenagem”.
“Por que estão tendo esse questionamento? Não é porque ela cometeu algo de errado, porque ela não merece o título. Estão fazendo isso porque ela é esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro. Gente, vamos criar juízo. Que democracia é essa? Democracia da hipocrisia?”, completou.
Conforme revelou o site Folha de S.Paulo , a bancada do PSOL entrou com uma ação na Justiça e no Ministério Público Eleitoral de São Paulo para que a cerimônia de entrega do título à ex-primeira-dama fosse impedida de ser realizada.
"Vai lá o PSOL entrar com ação judicial. O que é isso? Por que ela é mulher do ex-presidente? Não tem o menor cabimento. [...] Acho que é um tiro no pé essas coisas, porque as pessoas estão percebendo que aí passa a ser perseguição", disparou o prefeito paulistano.
O Theatro Municipal, que comporta pouco mais de 1,5 mil pessoas, foi liberado pela Prefeitura para que o evento aconteça no dia 25 de março. O título de cidadã foi aprovado pela Câmara Municipal de São Paulo em novembro de 2023.
Inicialmente, a cerimônia estava prevista para ocorrer na Casa de Leis. Porém, vereadores que foram favoráveis ao título disseram que o espaço legislativo não seria capaz de receber o número de convidados.
Ricardo Nunes x Guilherme Boulos
A ação do PSOL foi vista por Nunes como eleitoreira. A avaliação não é por acaso. O prefeito busca ser reeleito, enquanto seu principal adversário é Guilherme Boulos (PSOL-SP). Os dois estão empatados tecnicamente nas pesquisas.
A eleição municipal acontecerá no primeiro domingo de outubro deste ano. Além de prefeito, os paulistanos escolherão seus vereadores.
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