A primeira-dama Rosângela da Silva, mais conhecida como Janja , saiu em defesa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta segunda-feira (19). Através das redes sociais, ela elogiou as críticas do marido sobre as ações do governo de Israel na Faixa de Gaza .
"Orgulho do meu marido que, desde o início desse conflito na Faixa de Gaza, tem defendido a paz e principalmente o direito à vida de mulheres e crianças, que são maioria das vítimas. Tenho certeza que se o presidente Lula tivesse vivenciado o período da Segunda Guerra, ele teria da mesma forma defendido o direito à vida dos judeus", declarou a primeira-dama.
Neste final de semana, Lula comparou as mortes de palestinos em Gaza ao Holocausto cometido pela Alemanha Nazista. Em sua publicação, Janja afirmou que "a fala se referiu ao governo genocida e não ao povo judeu" e cobrou "honestidade" da imprensa: "Sejamos honestos nas análises".
Orgulho do meu marido que, desde o início desse conflito na Faixa de Gaza, tem defendido a paz e principalmente o direito à vida de mulheres e crianças, que são maioria das vítimas. Tenho certeza que se o Presidente Lula tivesse vivenciado o período da Segunda Guerra, ele teria…
— Janja Lula Silva (@JanjaLula) February 19, 2024
Por fim, Janja acusou a mídia de "esconder o genocídio" cometido pelo governo de Israel em Gaza. "Perguntei certa vez a uma jornalista por que a imprensa não divulga as imagens do massacre em Gaza, ao que ela me respondeu: 'porque são muito fortes as imagens das crianças mortas'. Se isso não é esconder o genocídio, eu não sei o que é", acrescentou.
"É preciso que o mundo se indigne com o assassinato de cada uma dessas crianças e que se una, urgentemente, na construção da paz!", finalizou a primeira-dama.
Repercussão
As declarações de Lula abriram uma crise diplomática com o governo israelense . Nesta segunda (19), o Ministério das Relações Exteriores do governo de Binyamin Netanyahu declarou o líder brasileiro "persona non grata".
Mais além, a pasta fez uma reprimenda ao embaixador brasileiro Frederico Meyer no Memorial do Holocausto, o Yad Vashem. O gesto foi classificado por um diplomata brasileiro como "show". Por fim, Lula convocou o diplomata Meyer para voltar ao Brasil.
Declaração do presidente Lula
Lula afirmou no domingo (18) que as ações militares de Israel na Faixa de Gaza configuram um genocídio e ainda fez um paralelo com o extermínio de judeus promovido por Adolf Hitler. "Sabe, o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus", disse o petista.