'Querem prendê-lo': núcleo de Bolsonaro reage à operação da PF

A corporação determinou que Bolsonaro entregasse seu passaporte no prazo de 24 horas

Bolsonaro e Michelle
Foto: Imagem: Isac Nóbrega/PR/Divulgação
Bolsonaro e Michelle

O núcleo próximo a Jair Bolsonaro (PL) reagiu à Operação Tempus Veritatis, deflagrada nesta quinta-feira (8) e mira o ex-presidente, ex-ministros e ex-assessores . Eles são investigados por tentarem dar um golpe de Estado após as eleições de 2022. A corporação cumpre 33 mandados de busca e apreensão, 4 mandados de prisão preventiva e 48 medidas alternativas.

A ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, publicou uma passagem bíblica. Nos stories do Instagram, ela compartilhou o versículo 17 do capítulo um do livro de Timóteo. "Ao Rei eterno, o Deus único, imortal e invisível, sejam honra e glória para todo o sempre. Amém", diz o trecho.

O filho de Jair Bolsonaro e deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PL), mostrou indignação nas redes sociais. "A política do Brasil hoje é feita no Supremo Tribunal Federal", afirmou.


A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), ex-ministra do governo de Bolsonaro, afirmou estar sentindo "indignação", mas disse não estar surpresa. "Sabemos como funciona o mecanismo. Muitos não acreditavam quando a gente falava e agora estão vendo tudo acontecer. Que Deus tenha misericórdia do nosso país".

Carla Zambelli, deputada federal próxima de Bolsonaro, afirmou que a operação da PF teve relação direta com a manifestação de apoio a Bolsonaro feita na quarta-feira (7).

"24h após uma linda demonstração de apoio popular, Bolsonaro e aliados são alvo de mandados. Além de Bolsonaro, Valdemar da Costa Neto também foi alvo de ação da PF", escreveu.

Já o deputado federal Abílio Brunini afirmou que o desejo da PF é o de "prender Bolsonaro".

Nesta manhã, a Polícia Federal foi até Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, onde o ex-mandatário se encontra.  A corporação determinou que Bolsonaro entregasse seu passaporte no prazo de 24 horas, e proibiu que ele se ausente do país.

O ex-presidente também foi proibido de se comunicar com outros investigados da operação.