O núcleo próximo a Jair Bolsonaro (PL) reagiu à Operação Tempus Veritatis, deflagrada nesta quinta-feira (8) e mira o ex-presidente, ex-ministros e ex-assessores . Eles são investigados por tentarem dar um golpe de Estado após as eleições de 2022. A corporação cumpre 33 mandados de busca e apreensão, 4 mandados de prisão preventiva e 48 medidas alternativas.
A ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, publicou uma passagem bíblica. Nos stories do Instagram, ela compartilhou o versículo 17 do capítulo um do livro de Timóteo. "Ao Rei eterno, o Deus único, imortal e invisível, sejam honra e glória para todo o sempre. Amém", diz o trecho.
O filho de Jair Bolsonaro e deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PL), mostrou indignação nas redes sociais. "A política do Brasil hoje é feita no Supremo Tribunal Federal", afirmou.
-28/JAN Super Live marcando retorno de @jairbolsonaro às lives
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) February 8, 2024
-29/JAN STF Alexandre de Moraes manda Polícia Federal na casa de Bolsonaro em Angra
-7/FEV grande ato pró Bolsonaro em S. Sebastião
-8/FEV STF Alexandre de Moraes apreende passaporte de Bolsonaro e prende assessores… pic.twitter.com/zf4u8Urvcr
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), ex-ministra do governo de Bolsonaro, afirmou estar sentindo "indignação", mas disse não estar surpresa. "Sabemos como funciona o mecanismo. Muitos não acreditavam quando a gente falava e agora estão vendo tudo acontecer. Que Deus tenha misericórdia do nosso país".
Carla Zambelli, deputada federal próxima de Bolsonaro, afirmou que a operação da PF teve relação direta com a manifestação de apoio a Bolsonaro feita na quarta-feira (7).
"24h após uma linda demonstração de apoio popular, Bolsonaro e aliados são alvo de mandados. Além de Bolsonaro, Valdemar da Costa Neto também foi alvo de ação da PF", escreveu.
Já o deputado federal Abílio Brunini afirmou que o desejo da PF é o de "prender Bolsonaro".
Nesta manhã, a Polícia Federal foi até Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, onde o ex-mandatário se encontra. A corporação determinou que Bolsonaro entregasse seu passaporte no prazo de 24 horas, e proibiu que ele se ausente do país.
O ex-presidente também foi proibido de se comunicar com outros investigados da operação.