O senador Renan Calheiros anunciou nesta sexta-feira (1º) sua intenção de buscar apoio entre as lideranças parlamentares do Senado, visando a instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Braskem na próxima semana.
A CPI, criada em outubro para investigar o afundamento de solo causado pela extração de sal-gema em Maceió, ainda não foi instalada devido à ausência de indicações para preencher as vagas tanto de titulares quanto de suplentes do colegiado. Calheiros pretende convencer líderes parlamentares a oficializar as indicações na próxima semana.
Caso não haja indicações até a próxima sexta-feira, Renan mencionou a possibilidade de ingressar com uma ação no Supremo Tribunal Federal para que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), indique, de ofício, os membros da comissão.
O estado de Maceió decretou estado de emergência devido ao risco iminente de colapso em uma mina de sal-gema, reconhecido pelo governo federal. A Defesa Civil avalia que o colapso pode resultar em uma grande cratera.
Desde 2019, a mineração da Braskem em Maceió causou problemas, levando 55 mil moradores de cinco bairros a deixarem suas casas devido a instabilidades no solo e rachaduras em casas e ruas.
Caso instalada, a CPI da Braskem deverá investigar as causas e responsabilidades pelo problema, contando com o apoio do ministro dos Transportes, Renan Filho.
No entanto, a instalação da CPI enfrenta obstáculos, especialmente de adversários políticos de Renan Calheiros no estado, como o senador Rodrigo Cunha, que critica a participação do senador na comissão.
De 1993 a 1994, Renan foi presidente da Salgema, empresa antecessora da Braskem.