PF cumpre mandado contra mais um suspeito de integrar o Hezbollah

A ação faz parte da Operação Trapiche, que investiga um suposto plano terrorista para atacar sinagogas e outros prédios da comunidade judaica brasileira

Bandeira do Hezbollah
Foto: upyernoz/Flickr - 27.09.2005
Bandeira do Hezbollah

Na noite de sexta-feira (10), a Polícia Federal cumpriu mandado contra um novo suspeito de envolvimento com o grupo Hezbollah no Brasil . O sexto homem, ouvido ontem em Goiás, é alvo de busca e apreensão. A ação faz parte da Operação Trapiche, que investiga um suposto plano terrorista para atacar sinagogas e outros prédios da comunidade judaica brasileira .

A investigação indica que os homens chegaram ao Brasil já com informações sobre os locais planejados para os atentados. Desde o dia 8, a PF já prendeu dois suspeitos, além de realizar buscas e apreensões nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Distrito Federal e Goiás, contra seis pessoas.

A dupla presa está em São Paulo. Um deles disse em depoimento que esteve no Líbano para negociar ouro e agrotóxico. Investigadores, porém, acreditam que ele tem ligação com integrantes do Hezbollah. Para os agentes, foi uma "versão ensaiada para tentar ganhar tempo". O segundo detido ficou em silêncio no interrogatório.

A investigação aponta ainda que um cidadão sírio naturalizado brasileiro estaria recrutando brasileiros para integrar o grupo terrorista Hezbollah . O suspeito, residente de Belo Horizonte, é alvo de uma apuração policial em Minas Gerais por envolvimento em contrabando, notadamente de cigarros eletrônicos, segundo informações da GloboNews.

Com fortes conexões com o Hezbollah no Líbano, o indivíduo é apontado como o facilitador do contato entre membros do grupo terrorista e aqueles interessados em participar de atentados mediante pagamento em dinheiro.

Os envolvidos devem responder pelos crimes de constituir ou integrar organização terrorista e de realizar atos preparatórios de terrorismo.

Crimes previstos na Lei de Terrorismo são equiparados a hediondos, considerados inafiançáveis, insuscetíveis de graça, anistia ou indulto, e o cumprimento da pena para esses crimes se dá inicialmente em regime fechado, independentemente de trânsito em julgado da condenação. As penas podem chegar a 15 anos de prisão.