O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressou nesta sexta-feira (27) seu profundo lamento pela perda de espaço das mulheres no governo nos últimos meses.
O assunto tem chamado atenção devido às mudanças recentes em que algumas mulheres deixaram cargos ministeriais e foram substituídas por homens, casos notáveis ocorreram no Ministério dos Esportes, com a demissão de Ana Moser, no Ministério do Turismo, por conta da saída de Daniela Carneiro (União Brasil-RJ), e na presidência da Caixa Econômica Federal, que teve o desligamento de Maria Rita Serrano.
Lula destacou que sua disposição política é clara: ele deseja ampliar a participação das mulheres em cargos do governo. O presidente enfatizou que, nos casos recentes de substituição, os partidos políticos não apresentaram candidatas mulheres para as posições, o que o levou a optar pelos nomes indicados.
"Eu, às vezes, lamento profundamente não poder indicar mais mulheres do que homens no governo. Acontece que quando você estabelece uma aliança com um partido político, nem sempre esse partido tem uma mulher para indicar. Mas isso não quer dizer que eu não possa no governo tirar homens e colocar mulheres. Eu ainda posso trocar muita gente, só estou com 10 meses de mandato", comentou.
O presidente declarou ter comprometimento em fortalecer a presença das mulheres na política e no governo. Ele acredita que, à medida que a participação das mulheres na política aumenta e mais mulheres se envolvem na gestão pública, haverá um crescimento notável da representatividade feminina em cargos do governo em um futuro próximo.
“Eu posso ter uma maioria de mulheres, não tem problema. Apenas a circunstância da indicação do cargo, é que o partido não tinha mulher pra indicar. E se bem que eu pedi, pra fazer um esforço pra indicar mulher”, concluiu.