O Rio de Janeiro entrou em um estágio de atenção na tarde desta segunda-feira (23), após uma série de ataques a ônibus na Zona Oeste da cidade. Essa decisão foi tomada pela Prefeitura após a morte de um chefe de milícia, levando à perturbação na mobilidade e gerando preocupações com a segurança pública.
O estágio de atenção é o terceiro nível em uma escala de cinco adotada pelo Centro de Operações do Rio de Janeiro, indicando que uma ou mais ocorrências afetam o município e sua população.
Os incidentes tiveram um impacto significativo na mobilidade da cidade, com diversas vias sendo afetadas, incluindo a Avenida Cesário de Melo, Avenida Santa Cruz, Estrada Rio São Paulo, Avenida Dom João VI, Estrada do Rio do A e Avenida das Américas. Isso resultou em congestionamentos e transtornos para os residentes que tentavam se deslocar.
Além disso, a Mobi-Rio suspendeu temporariamente a circulação de todas as linhas do BRT no corredor Transoeste devido aos ataques, tornando essencial que os passageiros busquem alternativas para seus deslocamentos.
Linhas de outros corredores, como o Transolímpica e Transcarioca, estão operando normalmente, e os passageiros podem fazer integração com o ramal da Supervia para manter sua mobilidade.
O caso
Ao menos 35 ônibus e 1 trem foram incendiados na tarde de hoje no Rio de Janeiro (RJ), causando o bloqueio da Avenida Brasil, a principal via expressa da cidade.
O ataque é responsável pelo maior número de coletivos incendiados da história, de acordo com o Rio Ônibus.
Dos ônibus queimados, 20 pertencem a operação municipal, cinco do BRT e o restante de frotas de turismo e fretamento.
Os veículos foram queimados pela milícia, como forma de represália a morte do sobrinho do miliciano Zinho, Matheus Rezende, de 24 anos, conhecido como Teteu e Faustão.
Ele foi morto também nesta tarde, em uma operação da Polícia Civil na comunidade de Três Pontes. Em setembro, Zinho e mais cinco suspeitos foram denunciados pela morte do ex-vereador Jerônimo Guimarães, o Jerominho.
As aulas foram suspensas nas escolas públicas da região. Em algumas, alunos e professores que estavam nos colégios permaneceram para se manterem em segurança.
A operação policial que matou Matheus Rezende também feriu uma criança de 10 anos, que foi atingida de raspão, levada para a UPA de Paciência e liberada após atendimento médico.