Roberto Jefferson seguirá preso preventivamente, ordena Moraes

Ministro Alexandre de Moraes alegou que Roberto Jefferson não apresentou mudanças

Foto: Reprodução
Roberto Jefferson atirou contra policiais federais em 2022


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decidiu nesta segunda-feira (2) manter a prisão preventiva do ex-deputado federal e bolsonarista Roberto Jefferson. Atualmente, o ex-parlamentar está em uma unidade hospitalar porque enfrenta problemas de saúde.

Na decisão, Moraes apontou que o momento ainda aponta a necessidade de se manter Jefferson na cadeia. O ministro argumentou que o ex-deputado apresenta perigo a garantia da ordem pública e a função do Supremo é assegurar a aplicação da legislação penal.

Jefferson foi preso novamente em outubro do ano passado porque descumpriu medidas cautelares determinadas pela Justiça, como a utilização de tornozeleira, proibição de uso de redes sociais, proibição de visitas sem prévia permissão, entre outras.

Sua situação piorou quando não aceitou cumprir a ordem da justiça. Ele atirou contra policiais federais que tentaram levá-lo para o presídio.

"Some-se a isso a extrema violência com que recebeu os agentes públicos que se dirigiram à sua residência para cumprimento de ordem legal, no estrito cumprimento de suas funções – comportamento que demonstra sua periculosidade, e não cessará com a mera entrega das armas de sua propriedade", declarou Moraes.


O ministro ainda explicou na sua decisão que não há indícios que mostram que Jefferson tenha mudado seu comportamento desrespeitoso com as determinações da justiça.

Moraes concluiu que os problemas de saúde do ex-deputado são acompanhados de perto e que o Supremo sempre permite que Jefferson faça exames médicos e seja internado em hospital particular para realizar tratamentos.