O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou uma cirurgia no quadril na última sexta-feira (29) e a previsão é que ele receba alta nesta segunda (2) ou terça (3). Sua recuperação deve ocorrer de três a seis semanas, conforme determinação médica.
Nos primeiros dias, Lula poderá despachar do Palácio do Alvorada e conversar com auxiliares por telefones e aplicativos de celular. Reuniões com ministros, deputados, senadores e auxiliares só poderão ocorrer durante o avanço da sua recuperação.
O presidente da República precisará usar andador para se locomover e fará exercícios físicos para ter uma recuperação mais rápida, de acordo com a declaração do médico Roberto Kalil. O petista também terá um carrinho elétrico disponível para andar pelo palácio.
A determinação para que Lula trabalhe de casa serve para que a cirurgia tenha uma “boa cicatrização”, conforme explicou o ortopedista Polesello. O principal objetivo é que o chefe do Executivo consiga andar “com carga total e equilíbrio para ter independência nas atividades do dia a dia”.
A médica da Presidência da República, Ana Helena Germoglio, também relatou que o trabalho em casa nas próximas semanas se deve pela necessidade de Lula fazer fisioterapia.
"Já vamos sair aqui do hospital com o presidente levantando e andando. Não há limitação dele trabalhar no Alvorada. Agora a gente vai dar prioridade à recuperação e não ao despacho (trabalho). A cabeça dele já está funcionando perfeitamente, mas claro que entre despachos um e outro, vai haver fisioterapia e repouso", explicou Ana Helena na semana passada.
Ao longo das próximas semanas, jornalistas poderão ficar em um espaço reservado perto do estacionamento dos visitantes. Ministros, parlamentares e auxiliares poderão conversar com os jornalistas após conversarem com Lula.
Os médicos do petista também recomendaram que ele não faça nenhuma viagem durante o período de recuperação. A expectativa é que Lula participe da COP (Conferência do Clima das Nações Unidas), nos Emirados Árabes, no final de novembro.