Ex-delator diz ao STF que foi usado por Moro para investigar juízes

Tony Garcia acusou Moro no Supremo Tribunal Federal

Foto: Reprodução
Ex-juiz Sergio Moro


Uma série de documentos até então mantidos em sigilo revelam que o ex-juiz Sérgio Moro teria desempenhado um papel central na coordenação de um acordo de colaboração premiada que envolvia a realização de grampeações, monitoramento e coleta de provas contra colegas da magistratura paranaense com foro privilegiado.

Os documentos indicam que esse acordo foi celebrado em dezembro de 2004 e supervisionado por Moro ao longo dos anos. A informação foi revelada pela jornalista Daniela Lima, da GloboNews.

O delator desse acordo era um ex-deputado estadual e empresário conhecido como Tony Garcia. A colaboração premiada previa o uso de escutas ambientais durante encontros e conversas com políticos e juristas, com o objetivo de obter informações sobre desembargadores do Paraná e ministros do Superior Tribunal de Justiça.

Os termos do acordo, que permaneceram sigilosos por quase 20 anos, foram recentemente acessados pelo próprio delator após o juiz Eduardo Appio retirar o sigilo que envolvia o processo. O caso, agora encaminhado ao Supremo Tribunal Federal, visa a anulação de todos os efeitos da ação movida por Moro contra Tony Garcia.

Dentro do processo, foram encontrados registros de conversas telefônicas entre o ex-juiz Sérgio Moro e o delator Tony Garcia, incluindo cobranças de entrega das tarefas estabelecidas no acordo de colaboração.

O ex-juiz e atual senador Sérgio Moro nega qualquer irregularidade relacionada a esse acordo e afirma que nenhuma das gravações entregues pelo delator envolve pessoas com foro privilegiado.

“Tony Garcia é um criminoso que foi condenado, com trânsito em julgado, por fraude e apropriação indébita. Em 2004, fez acordo de colaboração que envolveu a devolução de valores roubados do Consórcio Garibaldi e a utilização de escutas ambientais autorizadas judicialmente e com acompanhamento da Polícia Federal e do MPF. Essas diligências foram realizadas por volta de 2004 e 2005, e todas foram documentadas. Não incluem qualquer gravação de autoridade com foro privilegiado, nem têm qualquer relação com as investigações do Mensalão ou Petrolão. Aliás, a farsa afirmada por Tony Garcia é facilmente desmascarada por ele não ter qualquer gravação de magistrados do TRF4, STJ ou STF”, afirmou Moro.

Uma série de documentos até então mantidos em sigilo revelam que o ex-juiz Sérgio Moro teria desempenhado um papel central na coordenação de um acordo de colaboração premiada que envolvia a realização de grampeações, monitoramento e coleta de provas contra colegas da magistratura paranaense com foro privilegiado.

Os documentos indicam que esse acordo foi celebrado em dezembro de 2004 e supervisionado por Moro ao longo dos anos. A informação foi revelada pela jornalista Daniela Lima, da GloboNews.

O delator desse acordo era um ex-deputado estadual e empresário conhecido como Tony Garcia. A colaboração premiada previa o uso de escutas ambientais durante encontros e conversas com políticos e juristas, com o objetivo de obter informações sobre desembargadores do Paraná e ministros do Superior Tribunal de Justiça.

Os termos do acordo, que permaneceram sigilosos por quase 20 anos, foram recentemente acessados pelo próprio delator após o juiz Eduardo Appio retirar o sigilo que envolvia o processo. O caso, agora encaminhado ao Supremo Tribunal Federal, visa a anulação de todos os efeitos da ação movida por Moro contra Tony Garcia.

Dentro do processo, foram encontrados registros de conversas telefônicas entre o ex-juiz Sérgio Moro e o delator Tony Garcia, incluindo cobranças de entrega das tarefas estabelecidas no acordo de colaboração.


O ex-juiz e atual senador Sérgio Moro nega qualquer irregularidade relacionada a esse acordo e afirma que nenhuma das gravações entregues pelo delator envolve pessoas com foro privilegiado.

“Tony Garcia é um criminoso que foi condenado, com trânsito em julgado, por fraude e apropriação indébita. Em 2004, fez acordo de colaboração que envolveu a devolução de valores roubados do Consórcio Garibaldi e a utilização de escutas ambientais autorizadas judicialmente e com acompanhamento da Polícia Federal e do MPF. Essas diligências foram realizadas por volta de 2004 e 2005, e todas foram documentadas. Não incluem qualquer gravação de autoridade com foro privilegiado, nem têm qualquer relação com as investigações do Mensalão ou Petrolão. Aliás, a farsa afirmada por Tony Garcia é facilmente desmascarada por ele não ter qualquer gravação de magistrados do TRF4, STJ ou STF”, afirmou Moro.