Durante reunião da CPI dos Atos Golpistas
, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) comparou a detenção dos envolvidos no atentado à Brasília ao Holocausto que matou 6 milhões de judeus na Segunda Guerra Mundial.
“As prisões das milhares de pessoas nos dias 8 e 9 de janeiro foram feitas nos moldes nazistas
”, disse Flávio associando as prisões a condução dos judeus às câmaras de gás sob falsas promessas.
A citação não foi bem recebida pela comunidade judaica. Nesta quarta-feira (27), o Instituto Brasil-Israel emitiu uma nota de repúdio em resposta a fala do senador. Segundo o comunicado, a “declaração feita hoje por Flávio Bolsonaro é um caso clássico de banalização do Holocausto
”.
Desrespeito a memória dos judeus
O Instituto considerou o ato um desrespeito a memória das vítimas.
“Ao contrário dos detidos e presos por crimes em Brasília
, as vítimas dos nazistas não cometeram crime algum, e foram exterminadas em razão de sua identidade religiosa, nacional, sexual ou política”, diz o texto.
A nota rebate o argumento do parlamentar que alegou ter embasamento para relacionar os acontecimentos porque visitou o Museu do Holocausto em Jerusalém. “Mais uma distorção negacionista que fere a memória das vítimas”, conclui o comunicado.