O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou nesta segunda-feira (25) que sente que o Brasil torce para que investigações sobre militares golpistas cheguem ao fim o mais breve possível e que possíveis culpados sejam penalizados. O posicionamento ocorreu na sede do ministério após reunião com o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (AP).
"O Brasil inteiro está torcendo para que isso acabe e que os culpados sejam punidos, que aqueles que estão na fila dos suspeitos e são inocentes deixem de suspeitos para que a gente possa olhar para frente", comentou Múcio.
O ministro tem trabalhado para amenizar o conflito que envolve as Forças Armadas com a classe política .Militares passaram a ser criticados por causa do suposto envolvimento de alguns integrantes numa tentativa de golpe de estado após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) nas eleições de 2022.
A reunião de Múcio com Randolfe tratou de diversos assuntos, como possíveis convocações de militares para depoimentos na CPMI dos Atos Golpistas, no Congresso Nacional.
O ministro relatou que sua pasta não é contra nenhuma convocação e é preciso que os fatos sejam esclarecidos o mais breve possível.
“O senador perguntou se tínhamos alguma restrição a algum possível nome. Antes que ele falasse algum nome, disse que não só não temos como, se tivéssemos, não poderíamos dizer, porque isso seria prova de que temos alguma preocupação, que não temos", relatou.
Na semana passada, os jornalistas Bela Megale, no jornal "O Globo", e Aguirre Talento, no portal UOL, trouxeram detalhes de um trecho da delação de Cid. Segundo as notícias, o ex-ajudante de ordens declarou que assistiu reuniões em que Bolsonaro e militares articularam um golpe militar.
Mauro Cid é investigado pelo caso das joias sauditas, pela fraude no cartão de vacinação de Bolsonaro e sua filha de 9 anos, além de envolvimento em suposta tentativa de golpe de estado.