Múcio diz que ex-comandante da Marinha citado em delação rompeu a lei

Ministro da Justiça, José Múcio, deu sua opinião sobre o caso

Foto: Reprodução
José Múcio Monteiro Filho, ministro da Defesa


O ministro da Defesa, José Múcio, disse nesta quinta-feira (21) que o ex-comandante da Marinha almirante Almir Garnier Santos infringiu a lei no período em que comandava a instituição no governo Jair Bolsonaro (PL-RJ).

No começo do dia, os jornalistas Bela Megale, no jornal "O Globo", e Aguirre Talento, no portal UOL, trouxeram detalhes de um trecho da delação de Cid. Segundo as notícias, o ex-ajudante de ordens declarou que assistiu reuniões em que Bolsonaro e militares articularam um golpe militar.

Um dos militares citados por Mauro foi Garnier. De acordo com as reportagens, o ex-ajudante de ordens relatou que Almir manifestou apoio a uma tentativa de aplicar um golpe.

Por conta disso, Múcio conversou com jornalistas na tarde desta quinta. Questionado sobre uma possível postura “golpista” do almirante, o ministro da Defesa demonstrou seu incomodo com Garnier.

“É uma coisa pessoal. Sabia, mas ele passou. Olha, ele não me recebeu para conversar, depois, nós nos encontramos, eu conversei. Mas era uma posição pessoal, havia um presidente eleito, havia um presidente empossado, a justiça promulgou, de maneira que nós estávamos 100% do lado da lei, e ele não”, posicionou-se.


Defesa de Bolsonaro

Na tarde de hoje, advogados de Bolsonaro publicaram uma nota para rebater a delação premiada de Cid.

"Durante todo o seu governo, [Bolsonaro] jamais compactuou com qualquer movimento ou projeto que não tivesse respaldo em lei, ou seja, sempre jogou dentro das quatro linhas da Constituição Federal", afirmou a defesa.

Os advogados do capitão da reserva informaram que vão tomar medidas contra possíveis calúnias na delação de Mauro Cid, que foi seu braço direito ao longo dos quatro anos de mandato.

"[A defesa] Reitera que adotará as medidas judiciais cabíveis contra toda e qualquer manifestação caluniosa, que porventura extrapolem o conteúdo de uma colaboração que corre em segredo de Justiça, e que a defesa sequer ainda teve acesso", encerrou a nota.