Um incidente envolvendo a membra da Congregação Cristã no Brasil, Irmã Mônica, ganhou destaque nesta quarta-feira (20) e provocou um aumento de 170% nas buscas pelo pastor e deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) no Google Trends.
Uma foto compartilhada nas redes da pastora mostra o momento em que ela e o pastor discutem de forma calorosa. A confusão foi tamanha que ambos tiveram que ser separados pelo ativista Toni Reis, para evitar uma agressão ainda maior.
Pastor das fakes news que cobra 18mil para pregar das igrejas querendo apontar o dedo para mim? Abaixe seu dedo diante de uma verdadeira serva de Deus! O amor e a verdade sempre prevalecerá! O senhor não me intimida!!! Amém:rezando: pic.twitter.com/uLiGXgBDcb
— Irmã Mônica (@IrmaMonicaofc) September 20, 2023
Irmã Mônica usou as redes sociais para rotular Marco Feliciano como o "pastor das fake news". No texto, a pastora criticou Feliciano por ele, supostamente cobrar cachê de R$ 18 mil para fazer suas pregações em igrejas evangélicas ao redor do país.
"O 'pastor das fake news' que cobra R$ 18 mil para pregar nas igrejas querendo apontar o dedo para mim? Abaixe seu dedo diante de uma verdadeira serva de Deus! O amor e a verdade sempre prevalecerão! O senhor não me intimida!!! Amém.", ironizou.
Não é a primeira vez que Marco Feliciano é confrontado por membros e ativistas do evangelismo. Na sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas, o deputado se envolveu em um atrito com a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da Comissão.
Ela o chamou de "pessoa abjeta" e questionou seu título de pastor, argumentando que suas atitudes misóginas e provocativas não condizem com a figura de um verdadeiro pastor. Eliziane Gama destacou que pastores autênticos não promovem o ódio e afirmou que não mais o chamaria de pastor, como solicitado por Marco Feliciano, pois ele não merece esse título. A pastora afirmou que “as tentativas de intimidação” não a afetam.
Olha o Cristão bolsonarista Dep. Marco Feliciano, sendo bem servido pela Senadora Eliziane Gama. pic.twitter.com/MeYTtW4mkB
— C. Fontes (@FontesClaudinei) August 26, 2023
Proibição do casamento homoafetivo em pauta
Ainda ontem, a reunião da Comissão de Previdência e Família, que discutiu o Projeto de Lei que propõe a proibição do casamento civil homoafetivo, também foi palco de confusão, acusações e atos transfóbicos por parte de deputados bolsonaristas contra representantes da comunidade LGBTQIAPN+.
Um dos momentos ocorreu quando o deputado federal Pastor Isidório (Avante-BA) proferiu comentários transfóbicos em relação à deputada Erika Hilton (PSOL-SP), referindo-se a ela como "amigo".
Outro destaque ocorreu quando o deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) esclareceu aos deputados de extrema direita o conceito de Estado Laico, enfatizando que o Estado não deve se confundir com a igreja.
A reportagem entrou em contato com a assessoria do deputado Marco Feliciano, mas até o momento não recebemos retorno. O espaço está aberto para esclarecimentos.*