Nunes Marques autoriza Jair Renan a acessar inquérito da Polícia Civil

Filho mais novo do ex-presidente Jair Bolsonaro é investigado por suspeitas de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro

Jair Renan Bolsonaro, filho mais novo do ex-presidente Jair Bolsonaro
Foto: Reprodução / Redes Sociais
Jair Renan Bolsonaro, filho mais novo do ex-presidente Jair Bolsonaro

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Nunes Marques autorizou a defesa de  Jair Renan Bolsonaro a acessar os autos do inquérito que resultou na Operação Nexum, da Polícia Civil do Distrito Federal, que apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro e associação criminosa.


O filho mais novo do ex-presidente Jair Bolsonaro foi alvo de busca e apreensão, em agosto, em endereços em Brasília e Balneário Comburiú (SC).

Ao deferir o pedido da defesa de Jair Renan, o ministro do Supremo alegou que "é direito do defensor, no interesse do representado, ter amplo acesso aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa".

A decisão de Nunes Marques vem após a 5ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF) negar os acessos aos autos. De acordo com o ministro do Supremo, a decisão do TJ-DF "deixou de observar o teor do enunciado vinculante n.14 da Súmula do Supremo".

A investigação

No dia 24 de agosto, a Polícia Civil do Distrito Federal cumpriu cinco mandados de busca e apreensão, sendo um deles em endereços ligados a Jair Renan, filho mais novo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A investigação mira um grupo suspeito de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.

Um dos alvos de mandados de prisão e que foi detido na operação é Maciel Carvalho, de 41 anos, apontado como possível mentor do esquema. Ele já foi alvo de outras duas ações da PCDF neste ano (Operação '"Succedere" e "Falso Coach").

De acordo com o inquérito, o grupo supostamente agia a partir de um 'laranja' e empresas fantasmas, forjando relações de faturamento e outros documentos de empresas investigadas. Eles ainda usavam dados de contadores sem consentimento.