O Rio Grande do Sul enfrenta nesta semana uma situação de grande preocupação após a passagem de um ciclone extratropical que deixou um rastro de destruição em várias regiões do estado. Os números atualizados divulgados pelas autoridades estaduais indicam que o número de desaparecidos aumentou consideravelmente, passando de 25 para 46, enquanto o número de mortes permanece em 41.
Três municípios concentram os casos de desaparecimentos, com Muçum liderando a lista, contabilizando 30 pessoas desaparecidas, seguida por Lajeado e Arroio do Meio, cada um com oito desaparecimentos registrados.
As inundações causadas pelo ciclone afetaram severamente a vida de mais de 10 mil pessoas, que estão desalojadas, e o número total de pessoas afetadas ultrapassa 135 mil. Até o momento, as operações de resgate conseguiram retirar 3.130 pessoas de áreas de risco.
A tragédia causada pelo ciclone se espalhou por 85 municípios do estado, afetando um grande número de gaúchos. Atualmente, 3.046 pessoas estão desabrigadas e 7.781 desalojadas, enquanto 73 pessoas ficaram feridas devido às condições climáticas adversas.
Diante da magnitude da situação, o governo estadual decretou estado de calamidade pública nos municípios afetados. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, visitou Muçum, que foi considerada a cidade mais afetada pelo ciclone, para avaliar de perto a situação e coordenar os esforços de ajuda às vítimas.
Governo federal no Rio Grande do Sul
Além de ajuda financeira, o governo federal também será representado por Geraldo Alckmin (PSB), vice-presidente da República. Ele viajará ao Rio Grande do Sul no domingo (10).
Alckmin é o presidente em exercício, porque Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está na Índia para participar da cúpula do G20.