O subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, solicitou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a venda de um avião e cinco carros de luxo do governador do Acre, Gladson Cameli (PP), investigado na Operação Ptolomeu por suposta liderança em um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro.
No laudo da Polícia Federal (PF), os bens que o Ministério Público pede resultam em um embolso de R$ 4,5 milhões. O pedido deve ser analisado pela ministra Nancy Andrighi, relatora do inquérito no STJ. As informações são do Estadão Conteúdo.
Gladson Cameli está sob a investigação que apura suspeita de desvios de recursos públicos em obras de infraestrutura e manutenção de unidades de saúde e escolas, além de fraudes em contratações, superfaturamento de contratos, pagamentos de propinas e lavagem de dinheiro. A PF suspeita que o governador tenha comprado carros e imóveis para lavar dinheiro.
Em março deste ano, Cameli foi alvo de uma busca e apreensão pela PF, originada na mesma operação Ptolomeu, contra corrupção e lavagem de dinheiro. "Trata-se de uma investigação baseada em uma pescaria probatória e uma devassa financeira ilegal, que atacou a família do governador como forma de driblar o foro adequado", disse, à época, a defesa de Cameli.
O Ministério Público Federal pede que os bens do governador sejam colocados à venda antes mesmo de eventual denúncia ou condenação. Isso porque, segundo o MPF, há dificuldade em se manter os itens acautelados pela Justiça.
Os itens solicitados à apreensão são: Chevrolet Cruze com blindagem, avaliado em R$ 195,9 mil; Land Rover Discovery, avaliado em R$ 530 mil; VW Jetta, avaliado em R$ 185,8 mil; BMW X6 XDrive, avaliado em R$ 102,6 mil; VW Amarok CD, avaliado em R$ 176,4 mil; aeronave Beech Aircraft 8, avaliada em R$ 3,4 milhões.