Popularidade de Zema cai após fala considerada separatista, diz Quaest

Governador mineiro viu número de seguidores desabar depois de pedir bloco Sul-Sudeste, em uma tentativa de reduzir o protagonismo do Nordeste

Foto: redacao@odia.com.br (IG)
Romeu Zema, governador de Minas Gerais

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), viu sua popularidade nas redes sociais cair após pedir um bloco Sul-Sudeste para reduzir o protagonismo do Nordeste. Os dados foram divulgados pela Quaest nesta quarta-feira (9).

Segundo o Índice de Popularidade Digital (IPD), Zema encerrou a semana com 30 pontos, em uma variação que vai de 0 a 100. Entre os governadores, o mineiro ficou na terceira colocação, atrás de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Raquel Lyra (PSDB-PE).

No sábado (5), em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Zema defendeu maior protagonismo das regiões Sul e Sudeste do Brasil. A fala foi considerada no meio político como separatista e Zema foi criticado por aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que Minas não é um estado separatista e criticou as declarações de Zema. Pacheco citou Juscelino Kubitschek e afirmou que o político rejeitava "a cultura da exclusão".

Tarcísio lidera, mas também cai

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, lidera o IPD com 71 pontos, segundo a Quaest. Entretanto, o índice de Tarcísio caiu nos últimos dias após as declarações do governador sobre a Operação Escudo, que deixou 16 mortos no litoral paulista.

Na época, Tarcísio de Freitas defendeu a reação da polícia militar em revidar possíveis ataques aos agentes. A operação é uma resposta a morte do soldado Patrick Reis no último dia 28 de julho.

Em segundo lugar está Raquel Lyra, do Pernambuco, que recuperou a posição após as declarações de Zema. Ela conta com 35,2 pontos no índice Quaest.

Tarcísio e Zema tentam buscar o protagonismo da direita para a disputa eleitoral de 2026. Ambos são cotados para representar Jari Bolsonaro (PL) na disputa presidencial contra o atual mandatário Luiz Inácio Lula da Silva (PT).