O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, foi convocado a depor na próxima terça-feira (8) na CPMI dos Atos de 8 de Janeiro. Sua presença é obrigatória, a menos que apresente atestado médico ou resolva recorrer à Justiça.
A presença de Torres é considerada fundamental pela relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSB-MA), para encerrar a primeira etapa da comissão, que investiga os atos ocorridos em 12 de dezembro e 24 de dezembro.
“Nossa proposta ao presidente é que possamos ouvir o Anderson Torres, porque que fecha essa primeira etapa da CPMI que é voltada para os atos de 12 de dezembro e 24 de dezembro (...) Ele é uma figura que faz o elo entre dezembro e janeiro. É fundamental a presença dele aqui na próxima terça-feira. E acredito que essa seja a pauta da semana que vem”, explicou a parlamentar.
Em dezembro, Anderson Torres era ministro da Justiça quando foi descoberto um plano para explodir as proximidades do aeroporto de Brasília. No dia 8 de janeiro, data da invasão às sedes dos Três Poderes, ele estava responsável pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, mas se encontrava fora do país.
O ex-ministro da Justiça foi preso por 117 dias e atualmente está em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica, sendo investigado no Supremo Tribunal Federal por suspeitas de omissão na proteção à Praça dos Três Poderes.
Além de comparecer à CPMI dos Atos de 8 de Janeiro, Torres também está previsto para ser ouvido na CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal, agendada para quinta-feira (10). A presença do ex-secretário é aguardada para o esclarecimento dos fatos relacionados aos eventos investigados pelas comissões.