O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), admitiu nesta segunda-feira (31) que articula uma composição ‘adequada de governo’, mas disse que as escolhas são do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A declaração foi dada em publicação no Twitter em resposta as informações de que teria tomado frente nas negociações para trocas ministeriais no Palácio do Planalto.
Lira teria iniciado uma articulação para conseguir emplacar Progressistas e Republicanos no Palácio do Planalto. Ele ainda teria cobrado Lula a agilizar as indicações de André Fufuca e Silvio Costa Filho para o governo.
“A escolha de ministros para a formação de um ministério é prerrogativa exclusiva do presidente da República. Cabe a ele estabelecer um diálogo republicano com as direções e os líderes partidários”, afirmou.
“Continuo trabalhando junto a eles para fazer a composição adequada para o governo obter a necessária sustentação política no Congresso Nacional, conforme diálogo mantido com o presidente da República, após a votação da reforma tributária”, concluiu.
Lira ressaltou que mantém uma relação institucional com Lula e que apoiará na tramitação de matérias de interesse do país. O presidente da Câmara ainda evitou entrar em detalhes sobre as articulações e ressaltou a manutenção do diálogo com a presidência da República.
“À presidência da Câmara dos Deputados cabe, prioritariamente, manter a relação institucional com a Presidência da República para buscar a aprovação de matérias de interesse do país”, concluiu.
Lira e Lula devem se reunir nos próximos dias para articular a formação de uma coalizão governista na Câmara dos Deputados. As negociações devem ser retomadas ainda nesta semana.
O Progressistas quer o Ministério de Desenvolvimento Social, que tem o Bolsa Família como carro-chefe. Entretanto, Lula quer segurar Wellington Dias na pasta e deve renegociar o cargo da legenda.
Além do MDS, o partido está de olho na presidência da Caixa Econômica Federal. A ideia seria trocar Rita Serrano, atual mandatária, por Margarethe Coelho.
Já o Republicanos quer o Ministério do Esporte, outra pasta em que a cúpula petista está resistente em mudar. Um cargo de segundo escalão também é negociado.