
A viagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para os Estados Unidos no final de seu mandato custou R$ 757,2 mil aos cofres públicos. O ex-mandatário ficou no país por 89 dias, entre 30 de dezembro e 29 de março, e teve os gastos de seus assessores pagos pela Presidência da República.
Conforme o relatório obtido pelo jornal O Globo , o maior valor das despesas representa as diárias de hotel para os funcionários que acompanhavam Bolsonaro na viagem, sendo um total de R$ 638,2 mil. Entre os gastos também estão inclusos os das passagens aéreas, de R$ 92,9 mil, e seguros, R$ 26,1 mil.
Ainda de acordo com o levantamento, quando são incluídos nos gastos os salários dos servidores, de R$ 161,4 mil, Bolsonaro representa 40,9% de todos os gastos da União com ex-presidentes.
Gastos superam os de outros ex-presidentes
A conta supera a soma dos dois ex-mandatários que aparecem em seguida no ranking: Dilma Rousseff (R$ 399 mil) e Fernando Collor (R$ 331,4 mil).
O valor gasto na viagem de Bolsonaro também foi maior que os de Michel Temer (R$ 273,8 mil), Fernando Henrique Cardoso (R$ 160 mil) e José Sarney (R$ 184,4 mil). Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em mandato anterior, gastou R$ 21,2 mil.
Segundo a lei, ao fim de seu mandato, os ex-chefes do Executivo passam a ter direito a oito servidores de livre indicação, seis de apoio pessoal e dois motoristas com veículo oficiais da União. Esses gastos são pagos pela Secretaria-Geral da Presidência.
Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) aponta que Bolsonaro movimentou R$ 800 mil nessa viagem aos EUA. O documento, obtido pelo jornal O Globo , mostra que o valor foi transferido no dia 27 de dezembro, três dias antes de ele pousar nos Estados Unidos.