Nesta quarta-feira (26) ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino,
defendeu o novo decreto de armas publicado na última semana
e disse que as pessoas que estão criticando as medidas, editadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fazem um "discurso falso de defesa da liberdade".
"Tem muita gente reclamando [do novo decreto], eu lamento. São pessoas que fazem um discurso falso de defesa da liberdade. Existe liberdade de matar? Para cometer crime? Para fraudar? Para desviar arma para quadrilha?", disse ele durante participação no programa "Bom Dia, Ministro".
"Vamos intensificar a fiscalização nos clubes de tiro e aqueles que não cumprem a lei obviamente serão fechados", continuou.
Na ocasião, o ministro afirmou que os clubes de tiro
cresceram nos últimos anos sem fiscalização, ressaltando que o novo decreto vai ser cumprido.
“Infelizmente, na ausência de fiscalização, por trás de atividades legais, implantam-se atividades ilegais. Nós estamos preocupados com essa situação dos clubes de tiro que não cumprem a lei, então a diretriz do presidente vai ser cumprida”, acrescentou.
Nessa terça (25), Lula disse ter pedido a Dino para fechar "quase todos" os clubes de tiro do país. De acordo com ele, apenas as forças de segurança precisam de um lugar para "treinar tiro".
"Eu, sinceramente, não acho que um empresário que tem um lugar para praticar tiro é um empresário. Eu, sinceramente, não acho. Eu, já disse para o Flávio Dino, nós temos que fechar quase todos, só deixar aberto aqueles que são da PM e do Exército, ou da Polícia Civil. É organização policial que tem que ter lugar para atirar, para treinar tiro. Não é a sociedade brasileira", afirmou o mandatário durante a live semanal "Conversa com o Presidente".
Na transmissão, o presidente ainda afirmou que "quem consegue comprar [arma] é o crime organizado, quem tem dinheiro. Pobre, trabalhador, não tá conseguindo comprar comida, material escolar, brinquedo". "Como é que as pessoas que trabalham vão comprar fuzil?", questionou o petista.
As principais alterações no Programa de Ação na Segurança (PAS) são focadas nos CACs (caçadores, atiradores e colecionadores).