Atos golpistas: PGR quer saber se 244 denunciados seguem Bolsonaro

Órgão alterou solicitação feita às redes sociais e endereçada a Alexandre de Moraes para análise do ministro

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil - 29/06/2023
Jair Bolsonaro (PL) está inelegível por 8 anos


A Procuradoria-Geral da República (PGR) alterou a solicitação feita às redes sociais a respeito das publicações de Jair Bolsonaro (PL) e agora solicita apenas que as plataformas informem se 244 pessoas denunciadas pelos atos golpistas de 8 de janeiro seguem o ex-presidente. 

A PGR pede também que as redes sociais informem se os denunciados compartilharam conteúdos postados pelo ex-chefe do Executivo a respeito de fraudes nas eleições,  urnas eletrônicas, Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Supremo Tribunal Federal (STF), Forças Armadas e intervenção Militar.

A atual solicitação substitui aquela apresentada no dia 17 de julho, quando o órgão do Ministério Público Federal  pediu acesso às métricas das publicações feitas pelo político de direita.


Ambas as solicitações foram endereçadas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do inquérito que investiga os atos antidemocráticos que tiveram como alvo a Praça dos Três Poderes. 

Segundo Carlos Frederico Santos, coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos e subprocurador-geral da República, um dos motivos para a alteração no pedido foi o tempo que seria levado para a colheita e análise dos dados anteriormente solicitados, fato esse que poderia comprometer a "capacidade operacional do levantamento".

A suspeita do MPF é que Bolsonaro tenha incitado os golpistas ao publicar um vídeo em que aponta, sem provas, uma fraude nas urnas eletrônicas dois dias antes dos atos antidemocráticos.

Em depoimento à PF, o ex-presidente disse ter publicado a gravação por engano, pois estava sob efeito de remédios. Na época, ele estava internado em um hospital nos Estados Unidos para tratar uma obstrução intestinal.