Após exílio voluntário, Jean Wyllys ocupará cargo no governo Lula

Jean Wyllys fará parte da equipe do ministro-chefe da Secom, Paulo Pimenta, e desempenhará o papel de assessor no planejamento de comunicação do governo

Foto: Reprodução
Jean Wyllys ao lado de Janja e Lula

Após passar quatro anos em exílio voluntário, relacionado às ameaças de morte recebidas por parte de seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-deputado federal Jean Wyllys (PT) assumirá um cargo no Palácio do Planalto na gestão Lula.

Jean  Wyllys atuará como assessor na Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom). O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) assumiu no início do ano como ministro da pasta e será o chefe direto de Wyllys. Paulo Pimenta também é jornalista. 

Em comunicado oficial, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República informou que o jornalista e escritor baiano, Jean Wyllys, fará parte da equipe do ministro-chefe da Secom, Paulo Pimenta, e desempenhará o papel de assessor no planejamento de comunicação do governo. A nomeação será publicada nos próximos dias no Diário Oficial da União.

Jean Wyllys deixou o Brasil em janeiro de 2019, abrindo mão de seu mandato de deputado federal, devido às ameaças de morte que afirmou ter recebido por parte de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.

Jean Wyllys protagonizou um barraco emblemático para a história política recente no país, enquanto cumpria seu mandato como deputado federel em 2016. O fato da cuspida no então também deputado, Jair Bolsonaro, eleito posteriormente em 2018.

A cuspida ocorreu durante uma sessão na Câmara dos Deputados que discutia o afastamento da então presidente Dilma Rousseff por meio de um processo de impeachment, Jean Wyllys cuspiu em Jair Bolsonaro, que na ocasião havia homenageado o torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra, conhecido por seu envolvimento no DOI-Codi durante a ditadura militar.

Tal ato foi uma resposta à fala de Bolsonaro, que se referiu a Ustra como "o terror de Dilma Rousseff". A ex-presidente Dilma Rousseff lutou contra a ditadura militar no país e chegou a ser presa e torturada durante os anos 1970.