O Ministério Público Federal (MPF) iniciou um procedimento para apurar possíveis crimes cometidos pelo pastor André Valadão durante a transmissão de um culto de sua igreja pelo YouTube. A fala de Valadão, na qual sugere que Deus "matava tudo e começava tudo de novo" em referência às pessoas LGBTQIA+, gerou repercussão e indignação.
Flávio Bolsonaro, senador e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, juntamente com outros parlamentares bolsonaristas, tentou vincular a investigação a uma suposta perseguição religiosa.
Em suas redes sociais, Flávio compartilhou um texto de Valadão no qual o pastor se defende e alega que a fala não tinha intenção de incitar violência, mas de "resetar" e voltar à essência.
Apesar das tentativas de desviar o foco, Valadão recebeu denúncias de diversos parlamentares em diferentes instâncias. O senador Fabiano Contarato, a deputada federal Erika Hilton e o deputado distrital Fábio Félix protocolaram denúncias junto ao MPF e ao Ministério Público de Minas Gerais, solicitando a investigação das declarações por conteúdo homofóbico e transfóbico.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, também se pronunciou nas redes sociais, afirmando que Valadão será responsabilizado por suas palavras.
Outros políticos, como a deputada federal Júlia Zanatta e o parlamentar Marco Feliciano, mencionaram a ameaça à liberdade religiosa ao se referirem ao caso. Durante a campanha eleitoral de 2022, Valadão demonstrou apoio a Jair Bolsonaro, que participou de eventos organizados pelo pastor nos Estados Unidos.
Em outubro passado, Valadão viralizou nas redes sociais com um vídeo contendo informações falsas, no qual se retratava em relação ao atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).