O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (26) que acredita que terá um “julgamento justo” no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que será retomado nesta terça (27). Se for condenado, ele ficará inelegível por oito anos.
Após participar de um evento do Partido Liberal na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), o capitão da reserva não quis se aprofundar sobre o julgamento na Justiça Eleitoral. Porém, explicou que a reunião feita com seu partido estava relacionada às eleições municipais do ano que vem e que não fez nenhum ataque à democracia em reunião com embaixadores.
"É justo cassar os direitos políticos de alguém que reuniu embaixadores? Não é justo falar em atacar a democracia. Aperfeiçoamento, buscar colocar camadas de proteção, é bom para a democracia.”, disse o ex-presidente. "Não podemos aceitar passivamente no Brasil que possíveis críticas ou sugestões de aperfeiçoamento do sistema eleitoral seja tido como ataque à democracia.”, comentou.
Bolsonaro também não quis falar sobre um possível sucessor, caso não possa concorrer à Presidência da República em 2026.
“Não existe ninguém insubstituível. Eu falei isso agora há pouco para parlamentares. O que acontece é que aqui tem gente muito mais competente do que eu, mas eles não têm o conhecimento nacional que eu tenho. E eu consegui, graças a Deus, o carisma considerável da população”, relatou.
Bolsonaro joga pressão no TSE
O ex-presidente jogou pressão no TSE ao dizer que espera que a Corte siga a jurisprudência anterior e não deixe entrar novas provas no inquérito.
“O meu advogado Tarcisio (Tarcisio Vieira de Carvalho Neto), que já foi ministro do TSE, fez uma defesa muito boa em cima de fatos e nós esperamos que sigam a jurisprudência de 2017, onde não se aceitou agregar mais nenhuma prova sobre a original. Espero que isso aconteça”, concluiu.
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