Em depoimento à CPI dos Atos Golpistas, o homem condenado por colocar uma bomba na entrada do Aeroporto de Brasília em dezembro do ano passado afirmou que o artefato não possuía poder explosivo.
George Washington de Oliveira Sousa contestou a conclusão dos peritos que registraram que sim, o artefato era explosivo. Essa declaração vai contra as informações fornecidas anteriormente pelos peritos da Polícia Civil do Distrito Federal.
O laudo afirma que uma eventual explosão poderia representar um risco letal de até 300 metros a partir do caminhão onde o explosivo foi colocado, sendo que o veículo estava carregado com querosene de aviação.
George Washington alega que artefato, reportado pela imprensa e pelos peritos como dinamite, era composto por nitrato de amônio e outra substância e, que não possuía o poder de explosão alegado.
Washington saiu do Pará para Brasília com o propósito de participar de manifestações em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, qundo foi preso no mesmo dia da tentativa de cometer um atentado terrorista.
A polícia diz que ele montou o artefato e repassou para outra pessoa, que seria responsável por transportá-lo até a região do Aeroporto JK, em Brasília. Apesar de ter admitido sua intenção de explodir o artefato no aeroporto de Brasília, o criminoso disse -- contraditoriamente -- que seria "uma loucura e insanidade colocar uma bomba em um caminhão-tanque" .
O caso
No dia 11 de maio deste ano, a Justiça condenou dois homens que armaram a bomba na entrada do Aeroporto de Brasília sob penas de 5 a 9 anos de prisão. O
juiz da 8ª Vara Criminal de Brasília, Osvaldo Tovani, responsável pela decisão, manteve prisão preventiva de Alan Diego dos Santos e George Washington de Oliveira Sousa.
Crime foi cometido em 24 de dezembro do ano passado, mas o artefato não chegou a ser detonado.
George Washington de Oliveira Sousa foi condenado a nove anos e quatro meses de prisão, enquanto Alan Diego dos Santos Rodrigues terá de cumprir pena de cinco anos e quatro meses. Os dois cumprem pena regime fechado.
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