MP dos Ministérios: Lira diz que Lula fez 'apelo' por aprovação

Presidentes da Câmara e da República conversaram por telefone antes das votações do projeto

Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados
Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quinta-feira (1) que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um apelo pessoal pela  aprovação da MP dos Ministérios na Casa, o que ocorreu na última quarta-feira (31). 

“O dia de ontem foi um grande esforço de partidos independentes e até de partidos da oposição para ajudar na votação por um apelo que foi feito pelo presidente Lula a mim pessoalmente e um apelo meu aos líderes como uma última pedida de esforço”, disse o deputado em entrevista concedida à GloboNews. 

O presidente da República ligou para o deputado no início da tarde de quarta-feira para conversar sobre a votação da MP de reestruturação da Esplanada dos Ministérios. No contato, Lira teceu críticas à articulação do atual governo no Congresso. 

Na entrevista de hoje, o líder da Câmara voltou a tocar nesta tecla, além de opinar a respeito do petista ter liberado emendas parlamentares no valor de R$ 1,7 bilhão , a maior liberação de uma vez só no atual mandato, bem no dia da votação da Medida Provisória. 

"É ruim quando o governo as libera em cima de uma data de votação. O governo se movimentou, o presidente Lula foi alertado por mim, e hoje ele é conhecedor de toda a dificuldade que seu governo tem na parte da articulação", pontuou.

MP dos Ministérios

A MP que reestrutura os ministérios foi aprovada pela Câmara dos Deputados na quarta-feira  e pelo Senado Federal nesta quinta-feira. A aprovação da proposta no Congresso Nacional é um alívio para Lula da Silva, que ganha mais um voto de confiança dos parlamentares. 

O texto prevê a criação de 31 ministérios e seis órgãos com status de pasta ministerial. Em 2022, eram 23 ministérios no Planalto. A MP ainda prevê uma reorganização de órgãos do Palácio do Planalto. A Agência Nacional de Águas (ANA), por exemplo, passará para a alçada de Waldez Góes (Desenvolvimento Regional).

O Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (Sinisa) e o Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (Sinir) passarão para o Ministério das Cidades, comandado por Jader Filho.

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