Padilha sobre MP dos Ministérios: "Vamos defender do jeito que está"

Segundo Padilha texto não é a "versão ideal", mas acredita na responsabilidade do Congresso para conclusão da votação

Padilha afirma que texto não é ideal, mas acredita na responsabilidade do Congresso
Foto: Reprodução / CNN Brasil - 30.03.2023
Padilha afirma que texto não é ideal, mas acredita na responsabilidade do Congresso

O Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, anunciou nesta teça-feira (30) que o governo irá sustentar a aprovação da MP dos ministérios "do jeito que está". O texto, de autoria do deputado relator Isnaldo Bulhões (MDB-AL), esvazia as pastas do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas.

A afirmação de Padilha contradiz a versão dada pelo Presidente Lula às ministras Marina Silva e Sonia Guajajara. Na ocasião, o petista disse que está comprometido a trabalhar com o Congresso para reverter a desitratação das duas pastas.


A reestruturação dos ministérios de Meio Ambiente e Povos Indígenas  tem causado descontentamento e controvérsia dentro do governo.

Padilha reconheceu que a versão atual não é perfeita, mas afirmou que o governo apoiará a aprovação do texto com as alterações na Câmara. Ele parabenizou o relator e mencionou que existem pontos em que o governo pode não concordar, mas ainda assim defenderá o relatório.

 “Não acho que é o melhor, o ideal, mas vamos defender o relatório. Já fizemos isso na comissão mista. Tenho certeza da responsabilidade do Congresso de concluir essa votação", afirmou Padilha.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), anunciou que os líderes da base estão instruindo voto favorável à proposta, mas estão em diálogo com o relator, deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL), para possíveis ajustes no texto.

A discussão gira em torno da possibilidade de apresentar destaques e buscar ajustes até a noite, sem obstruir a tramitação para que seja possível votar tudo ainda na terça-feira (30/05) à noite. “Não vamos penalizar nenhum compromisso do governo com a agenda ambiental, o que é preciso é aprovar a MP”, afirmou Guimarães.

A data para votação definitiva da MP é nesta quinta-feira (1º), caso contrário ela perde validade na íntegra.