Após conversa com Lula, caciques do MDB ficam de fora da CPI de 8/1

Inicialmente cogitados par assumir papéis de destaque na comissão, Eduardo Braga e Renan Calheiros não farão parte do grupo

Senador Eduardo Braga (AM)
Foto: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Senador Eduardo Braga (AM)

Os dois títulares do MDB (Movimento Democrático Brasileiro) que devem fazer parte da CPI dos Atos Golpistas foram indicados nesta quarta-feira (24) pelo líder da sigla no Senado, Eduardo Braga (AM). 

Inicialmente cotados para assumir os papéis de destaque na comissão, Braga e Renan Calheiros (MDB-AL) ficaram de fora do grupo. A decisão ocorreu após uma reunião de senadores com o chefe do Executivo federal Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

Veja quem serão os membros titulares pelo MDB:

  • Veneziano Vital do Rêgo (PB)
  • Marcelo Castro (PI)

Suplentes:

  • Fernando Dueire (PE)
  • Giordano (SP)

Indicações são estratégia do partido

Segundo Eduardo Braga afirmou na terça-feira (23), a sigla ainda aguardava a definição de uma “estratégia” para atuação na CPI de 8 de janeiro para concluir as indicações.

"Nós esperamos poder definir com o governo a estratégia. Nós precisamos ter certeza do que está sendo proposto. E pra isso é preciso botar votos”, declarou o emedebista.

De acordo com informações repassadas nos bastidores, Braga e Calheiros não foram indicados por conta do governo Lula não ter uma maioria consolidade no colegiado. 

Até agora, pelo menos 15 dos 32 parlamentares que irão fazer parte da comissão são de partidos de base do governo. Outras 8 vagas foram preenchidas por partidos considerados "independentes", o que inclui o União Brasil. Nove são da opsição.

O que ainda não foi resolvido pela Senado foi a presidência da CPI. O líder do MDB era o principal nome para comandar o colegiado entre os senadores. No entanto, entre os deputados, Anthur Maia (União-BA) é a preferência. 

Segundo Calheiros, a não definição da presidência foi um dos motivos para o MDB ter segurado as indicações. 

“Esse é um dos problemas porque a Câmara reivindica [a presidência]. Tem o candidato já, o Arthur Maia. É natural também que o Senado reivindique. E você tem o argumento para os dois lados”, explicou.

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