O senador Flávio Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, disse que o pai não autorizaria a falsificação do cartão de vacinação contra a Covid-19. O parlamentar ainda comentou que o ex-ajudante, Mauro Cid , tem que "falar por que fez, se é que fez".
'Não sei se ele fez tudo isso sozinho. Sei que o presidente nunca teve um cartão de vacinação falsificado e nunca autorizou ninguém a fazer isso. Ele [Cid] tem que falar por que fez, se é que fez isso", disse Flávio Bolsonaro em entrevista ao jornal O Globo.
Depoimento de Cid
O ex-ajudante de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, prestará depoimento nesta quinta-feira (18) à Polícia Federal no inquérito que investiga um suposto esquema de fraude em certificados de vacinação durante a pandemia da Covid-19.
Ele está preso desde o dia 3 de maio, quando a PF deflagrou a Operação Venire, que realizou mandados de busca e apreensão e mandados de prisão.
Cid e é suspeito de fraudar certificados de vacinação da família e do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Além do tenente-coronel, o policial militar Max Guilherme, o militar do Exército Sérgio Cordeiro, seguranças próximos do ex-presidente, o ex-major Aílton Barros e o secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha também foram presos durante a operação.
A esposa de Cid, Gabriela Santiago Cid, prestará depoimento à PF na sexta-feira (19).
Depoimento de Bolsonaro
O ex-presidente Jair Bolsonaro prestou depoimento à Polícia Federal, sobre o caso de falsificação do cartão de vacina, no dia 16 de maio . Segundo o ex-mandatário, ele sabia sobre o esquema de fraude da vacinação e se Mauro Cid fez a ação, "foi à revelia e sem o seu conhecimento".
Segundo Bolsonaro, Cid realmente cuidava da conta do ex-presidente no ConectSUS, plataforma onde os dados sobre a vacinação foram alterados, mas ele não sabe quem cuidava do usuário da filha, Laura Bolsonaro.
Ele revelou que Laura entrou nos Estados Unidos declarando não estar vacinada e que ela possuía laudo médico autorizando a não tomar o imunizante.
Bolsonaro também negou que tenha ordenado a inserção de informações falsas no seu cartão de vacinação no ConecteSUS e relatou que não teve conhecimento da ação. O mandatário relatou que não teria motivo para fraudar os dados.
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