A base governista no Senado apresentou nesta quinta-feira (18) ao presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), os nomes dos seis titulares e seis suplentes da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do ato de 8 de janeiro . O Bloco Resistência Democrática, que faz parte do grupo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), será maioria na comissão.
Omar Aziz (PSD-AM) Otto Alencar (PSD-BA), Fabiano Contarato (PT-ES) – como titulares – e Randolfe Rodrigues (Sem Partido-AP) – como suplente – farão parte do colegiado, pois fizeram parte da CPI da Covid-19. O requerimento entregue a Pacheco foi assinado por Eliziane Gama (PSD-MA).
Pacheco revelou nesta quinta que a CPMI será instaurada na próxima semana. A expectativa dos senadores é que a abertura ocorra entre terça (23) e quarta (24). Depois que a comissão for criada, o presidente do Senado comunicará quem fará parte do colegiado.
Após essa etapa, o chefe do Senado autorizará a eleição para que a comissão escolha o presidente e o relator das investigações para que os trabalhos comecem.
Veja os indicados da base governista
Titulares
- Eliziane Gama (PSD-MA)
- Omar Aziz (PSD-AM)
- Otto Alencar (PSD-BA)
- Fabiano Contarato (PT-ES)
- Rogério Carvalho (PT-SE)
- Ana Paula Lobato (PSB-MA)
Suplentes
- Angelo Coronel (PSD-BA)
- Irajá (PSD-TO)
- Zenaide Maia (PSD-RN)
- Augusta Brito (PT-CE)
- Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP)
- PSB terá a última vaga
CPMI do 8 de janeiro
A comissão terá duração de seis meses. Ela tem o objetivo de investigar os financiadores e os responsáveis dos atos golpistas que pela depredaram os prédios do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF).
O requerimento para a criação da comissão foi protocolado pelo deputado André Fernandes (PL-CE), em uma tentativa de culpar o governo Lula pelos atos antidemocráticos. A base governista foi contra, inicialmente, e realizou manobras para impedir a CPMI.
A pressão aumentou após a divulgação de imagens de câmera de segurança que mostra o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias no Palácio do Planalto durante as invasões. As gravações ainda apontam a falta de resistência de militares do GSI ao ataque golpista.
Após a repercussão, a PT e partidos da base governista passaram a apoiar a comissão e agora serão maioria no colegiado.
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